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Em entrevista exclusiva à jornalista Miriam Leitão, que vai ao ar no 'Jornal das Dez', da GloboNews, nesta quinta-feira, dia 17, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin fala sobre a reação negativa do mercado financeiro às declarações do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao teto de gastos e garante que não há hipótese de haver irresponsabilidade fiscal.
“Primeiro, é importante dizer que o Lula já foi presidente da República, e, durante os seus dois mandatos, teve superávit primário todos os anos. Então, foi um governo com absoluto rigor fiscal. O que nós temos é uma questão conjuntural, ou seja, tem uma lei do teto. Por exemplo, o Bolsa Família de R$ 600 que os dois candidatos se comprometeram, não está na lei orçamentária para o ano que vem. Então, o que se pretende: poder incluir no extra-teto o Bolsa Família, que seriam os R$ 600 mais os R$ 150 para as famílias com crianças menores de 6 anos, que são famílias de extrema pobreza. O presidente Lula tem compromisso com a responsabilidade fiscal. O que nós precisamos, mas não dá para fazer agora, é discutir uma legislação de responsabilidade fiscal. Se você for verificar o governo atual, esse ano são R$ 150 bilhões de extra-teto, ano passado também foi R$ 150 bilhões, e, em 2020, mais de R$ 500 bilhões. Então, haverá sim responsabilidade fiscal, o governo vai cortar gastos”, afirma.
Alckmin disse ainda que, além de rever todos os contratos da área federal, o novo governo pretende acelerar a reforma tributária no Congresso. “Essa é uma reforma que pode fazer o PIB crescer. Ela tem efeito na produtividade, na competitividade, ela simplifica, reduz custos, evita guerra fiscal, leva de origem para o destino, então ela é essencial”, diz.
A entrevista completa vai ao ar no ‘Jornal das Dez’, na GloboNews, nesta quinta-feira, dia 17.
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