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Em 1894, na cidade francesa de Lyon, os irmãos Louis e Auguste Lumière estavam prestes a realizar um feito cobiçado por inventores da época: a criação da “fotografia animada”. No ano seguinte, eles constroem o “cinematógrafo”, uma máquina à manivela capaz de captar imagens, revelar filmes e projetá-los em uma tela. Ali, era o início do desenvolvimento do cinema. Essa história é contada no documentário “Lumière! A Aventura Começa”, que chega ao Curta!.
O longa é “composto e narrado” — conforme enunciado nos créditos — por Thierry Frémaux, diretor do Institut Lumière, do Lumière Film Festival e do Festival de Cannes. Baseia-se em uma série de tomadas cinematográficas datadas entre 1895 e 1905. São 114 obras destacadas dentre os 1.400 filmes que compõem a cinematografia dos irmãos Lumière e seus operadores de câmera. Todas passaram por um brilhante trabalho de restauração e são apresentadas em tecnologia 4k, isto é, em ultradefinição.
Os filmetes se dividem em capítulos que trazem um conteúdo bastante informativo e, conforme vão sendo exibidos, Frémaux constrói sua análise e contextualiza com a época. Ao espectador, fica claro que cenas como “A Saída dos Operários da Fábrica Lumière” (1895) e “A Chegada de um Trem à Estação” (1896) não têm nada de triviais, como podem parecer aos olhos mais desatentos, mas demarcam uma verdadeira revolução que iria desembocar no cinema que conhecemos hoje.
As cenas apresentadas demonstram um elevado senso estético por parte dos irmãos Lumière e, de forma bem-humorada, confirmam que aqueles filmetes já apresentavam alguns dos recursos cinematográficos que posteriormente seriam usados para criar suspense ou construir uma narrativa de comédia. Entre os destaques, há também os registros de operadores de câmera contratados por Louis Lumière para levar o cinematógrafo para vários cantos do mundo, captando imagens de diferentes culturas e contribuindo para a expansão da sétima arte pelo planeta. A produção já está disponível no Curta!On – Clube de Documentários. A exibição é na Quarta do Cinema, 12 de outubro, às 22h.
Fé e religiosidade marcam episódio inédito e exclusivo de ‘Estados da Arte’
Fé e religiosidade são temas do novo episódio da segunda temporada de “Estados da Arte”, que convida os artistas plásticos Tieta Macau, Ayrson Heráclito, Efrain Almeida e Ventura Profana para refletir sobre a relação de suas obras com o sagrado. Eles identificam influências que podem vir das igrejas neopentecostais, dos ilês maranhenses ou do candomblé baiano, e, a partir delas, ressignificam ícones e objetos de devoção através da arte.
“Estados da Arte” é dividida em 13 episódios temáticos: Insurgências, Ancestralidade, Floresta, Alegorias, Fé e Religiosidade, Fabulações, Migrações, Corpos, Outras Geometrias, Grafismos, Materialidades, Pedagogias e Oralidades/Sonoridades. Estarão disponíveis no Curta!On – Clube de Documentários no dia seguinte à estreia no canal Curta!. Novos assinantes têm sete dias para desfrutar da plataforma gratuitamente. A série foi produzida pela Aion Cinematográfica e pela Caboré Produtores Associados, e viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). A estreia do episódio é na Terça das Artes, 11 de outubro, às 20h.
Segunda da Música (MPB, Jazz, Soul, R&B) – 10/10
22h – “Cássia Eller” (Documentário)
O documentário mostra a trajetória de Cássia Eller, uma figura icônica da música. Sua breve passagem pelo cenário musical nos anos 90 deixou uma marca inegável na cultura brasileira. Sua morte, em 2001, teve repercussão nacional. Com seu talento e carisma, expôs tabus e demonstrou sua força como pessoa pública. Direção: Paulo Henrique Fontenelle. Duração: 113min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 11 de outubro, terça-feira, às 2h e às 16h; 12 de outubro, quarta-feira, às 10h; 15 de outubro, sábado, às 15h30; 16 de outubro, domingo, às 20h10.
Terça das Artes (Visuais, Cênicas, Arquitetura e Design) – 11/10
20h – “Estados da Arte” (Série) – Ep. “Fé e Religiosidade”
Dos ex-votos no interior nordestino às igrejas neopentecostais, dos Ilês maranhenses ao candomblé baiano, os artistas plásticos ressignificam ícones e objetos devocionais em suas obras. Classificação: Livre. Horários alternativos: 12 de outubro, quarta-feira, às 0h e às 14h; 13 de outubro, quinta-feira, às 08h; 15 de outubro, sábado, às 20h; 16 de outubro, domingo, às 10h.
Quarta de Cinema (Filmes e Documentários de Metacinema) – 12/10
22h – “Lumière! A Aventura Começa”
Em 1895, Louis e Auguste Lumière inventaram a cinematografia e produziram os primeiros filmes na história das imagens em movimento. Com a descoberta de mise-en-scène, tracking shots e, inclusive, efeitos especiais, eles inventaram a própria arte do cinema. Thierry Frémaux, o diretor do Festival de Cannes, reuniu 114 obras dentre os 1.400 filmes dos irmãos Lumière, restauradas em 4k. Direção: Thierry Frémaux. Duração: 90 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 13 de outubro, quinta-feira, às 2h e 16h; 14 de outubro, sexta-feira, às 10h; 15 de outubro, sábado, às 13h50; 16 de outubro, domingo, às 22h20.
Quinta do Pensamento (Literatura, Filosofia, Psicologia, Antropologia) – 13/10
21h30 – “Atravessa a Vida” (Documentário)
O diretor João Jardim leva o espectador a uma viagem ao interior do Sergipe para acompanhar uma turma do 3º ano do ensino público nos meses que antecedem a tão esperada prova do ENEM. Enquanto são pressionados a alcançar a nota desejada nesse dia que pode determinar o resto de suas vidas, os alunos de uma pequena escola desabrocham e discutem questões contemporâneas — dentro e fora de sala de aula — como a depressão, o aborto, a pena de morte e o legado das ditaduras. Além disso, o filme mostra as dores e os prazeres vividos nesse período turbulento de transformação que é a adolescência. Direção: João Jardim. Duração: 90 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 14 de outubro, sexta-feira, às 1h30 e às 15h30; 16 de outubro, domingo, às 18h30; 17 de outubro, segunda-feira, às 09h30.
Sexta da Sociedade (História Política, Sociologia e Meio Ambiente) – 14/10
22h – “500 - Os Bebês Roubados Pela Ditadura Argentina” (Documentário)
Entre 1976 e 1983, a Argentina viveu sombrios anos de ditadura militar. Nesse período, famílias inteiras foram despedaçadas pela repressão empreendida por um estado terrorista que ceifou a vida de cerca de 30 mil argentinos. Entre as práticas mais aterradoras desse regime, estava o sequestro sistemático de mais de 500 bebês, filhos de presos e desaparecidos políticos, que foram apropriados por seus algozes como espólio de guerra. “500 – Os Bebês Roubados pela Ditadura Argentina” traz à luz essa história ao mesmo tempo em que narra a incansável luta das Avós da Praça de Maio na busca por seus netos roubados e a conquista de terem, até agora, descoberto e resgatado mais de 130 daquelas 500 crianças sequestradas. Direção: Alexandre Valenti Duração: 105 min. Classificação: 12 anos. Horários alternativos: 15 de outubro, sábado, às 2h e às 14h50; 16 de outubro, domingo, às 14h50; 17 de outubro, segunda-feira, às 16h.
Sábado – 15/10
22h – "Maria Callas: Vida e Obra” (Documentário)
Um dos nomes mais famosos da história da ópera, a soprano Maria Callas arrebatou o público com suas performances cheias de carga dramática, aliada a uma bela voz. O documentário "Maria Callas: Vida e Obra" conta a história de sua vida com muito material de arquivo e entrevistas com importantes nomes das artes que conviveram com a cantora. Produzido em 1987, o documentário dá voz a várias personalidades que já não estão mais vivas. Entre os entrevistados, estão o diretor Franco Zeffirelli, o tenor Giuseppe di Stefano, o regente Carlo Maria Giulini, o pianista Robert Sutherland, o agente S. A. Gorlinsky e muitos outros. Diretores: Alan Lewens, Alastair Mitchell. Duração: 55min. Classificação: Livre.
Domingo – 16/10
16h45 – "A Casa Azul de Frida Kahlo” (Documentário)
A Casa Azul, localizada na Cidade do México, é onde Frida Kahlo nasceu (em 1907) e morreu (em 1954). Esse documentário relembra as aventuras ali vividas, não só por Frida e o pintor Diego Rivera, mas também por personalidades como Leon Trótski, André Breton, Sergei Eisenstein, Pablo Neruda, Waldo Frank, Pablo Picasso, Marcel Duchamp, Wassily Kandinsky, entre outros. Diretor: Xavier Villetard. Duração: 52 min. Classificação: Livre.
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