Divulgação Rogério Pallatta/SBT |
''Ora pois pois'', ou melhor, ''Ora Pães Pães''. Marat Descartes é o convidado do ''PoliCast'' desta terça-feira (13), ele dá vida ao português Durval, em “Poliana Moça”, dono da padaria mais agitada da teledramaturgia. O ator comenta sobre trajetória profissional, características do personagem e o fato de muitos acreditarem que de fato ele é português. O episódio vai ao ar às 21h30, no canal da novela do YouTube e nas plataformas de áudio.
Marat interpreta Durval, o português dono da padaria “Ora Pães Pães”. Ele segue com o escorpião no bolso, apesar dos esforços de Cláudia, agora sua esposa, para convencê-lo a ceder mais aos pedidos perdulários dos filhos, aproveitar uma noite romântica e jantar fora num restaurante que não seja o da própria padaria ou fazer uma viagem de férias. Ele sabe que cansa Claudia com suas preocupações excessivas e por isso tenta balancear as coisas, sendo amoroso e gentil com ela. O que a obriga a aceitar a decisão da amada de querer fazer uma faculdade para conseguir um cargo melhor na ‘Onze’ e consequentemente ter mais dinheiro para fazer mais o que gosta. O português é superprotetor e acaba ficando com ciúmes de um colega da faculdade da esposa e até com a decisão da filha mais velha, Raquel, de sair de casa e se envolver amorosamente; o que levará o personagem a aprender muito com essas grandes mulheres da sua vida.
Apesar de enganar com sotaque de ter outra nacionalidade, devido a interpretação genuína e admirável, Marat não é português. O ator, que começou no teatro com 14 anos, adquiriu essa habilidade em uma peça, em que fez o papel de Luís de Camões: “Eu não sou português, eu engano muito bem. Não é tão difícil, porque já tinha feito esse sotaque no teatro, eu fiz o próprio Luís de Camões na montagem de ‘Os Lusíadas’, então, eu bebi da fonte, a obra maior dos portugueses, é um clássico. Então, eu já tinha uma familiaridade com esse sotaque. Tenho antepassados portugueses, têm bisavós, mas eu não tive contato com eles, eu não tinha na minha casa, na minha família essa sonoridade. O engraçado dessa história foi quando eu gravei a minha primeira cena de ‘As Aventuras de Poliana’, não era nem ‘Poliana Moça’ ainda, a direção não tinha certeza se queria sotaque ou não, eles estavam meios confusos e pediram para eu gravar uma versão com sotaque e uma outra sem. Eu fiz a minha primeira cena que gravei da novela, eu perguntei o que eles acham e eles falaram: ‘com sotaque é mais gostoso’.
Ele também explica a origem do nome singular, o que faz acreditar ainda mais que o artista é estrangeiro: “ ‘Marat’ é um dos revolucionários da Revolução Francesa, Jean-Paul Marat. E eu tenho esse nome, porque meu bisavô, pai do meu avô, ele adorava revolução e ele colocou nos filhos, Marat, Danton, Robespierre, os nomes dos revolucionários. E meu avô era ‘Marat’, e eu meio que fiquei por tradição familiar e ganhei o nome dele”.
Pai de três filhas na vida real, Descartes comenta a relação de paternidade na ficção. Nos últimos capítulos, a filha mais velha, Raquel expõe para o pai que deseja sair de casa e morar em uma república com as amigas, uma cena de amor e aceitação, que emociona o entrevistado na atração: “Eu achei uma cena bonita, delicada, é raro a gente ter [...]. Durval vai aceitar de boa o movimento [Raquel morar com as amigas], mas feito o movimento, ele vai bater na porta da casa dela, dia sim e dia não. ‘Vim trazer um pãozinho’, só para saber como tá a república onde ela está morando, quem tá frequentando, se tá comendo bem”.
“O que mais gosto no Durval é esse coração grande que ele tem, generoso, que abarca a família inteira e o que eu acho divertido, porque ao mesmo tempo que ele é generoso, ele é meio ranzinza. Eu acho gostoso, porque se ele fosse só bonzinho com grande coração ia ser sem graça. O que eu não gosto dele é essa coisa de ser mão-de-vaca, ele é pão-duro”, finaliza Marat Descartes.
O podcast “Policast” vai ao ar toda terça, logo após a exibição da novela, no canal de Poliana Moça no YouTube e nas plataformas de áudio
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