Divulgação GLOBO/Renato Rocha Miranda |
Uma vilã atrapalhada, que sempre se dá mal com as maldades que comete, e que o público amava odiar. Jezebel, de 'Chocolate com Pimenta', é sem dúvida uma das personagens mais marcantes da longa e bem-sucedida carreira de Elizabeth Savalla. A atriz conta que se dedicou bastante para compor a personagem antes das gravações. "Ela é uma vilã igual as de desenho animado – sabe aquele vilão que sempre se dá mal? Ela faz uma maldade e na hora é descoberta, ou cai alguma coisa na cabeça, leva muito banho de chocolate – nossa, o que eu levei de torta na cara (risos)... a composição foi muito em cima da Belle Époque, dos anos 1920, e da maldade extremamente caricata que a personagem tinha. Foi um trabalho bem interessante de composição", relembra a veterana.
Na trama de de Walcyr Carrasco, Jezebel morre de raiva de Ana Francisca (Mariana Ximenes), pois perde a herança do irmão Ludovico (Ary Fontoura) para ela, mas tenta disfarçar. Seu objetivo é dar um golpe para roubar a fortuna da heroína. "Minha personagem tinha cenas hilárias com o Fúlvio Stefanini, que fazia o Vivaldo, prefeito da cidade, e com a Mariana Ximenes, que já tinha feito minha filha em ‘A Padroeira' - tínhamos uma ligação muito grande. O elenco era maravilhoso, O Jorginho (Jorge Fernando) era um diretor brilhante. Foi uma novela deliciosa de fazer", elogia a atriz.
Em entrevista, Savalla relembra um pouco mais o trabalho em 'Chocolate com Pimenta'.
De volta a partir da próxima segunda, 26 de setembro, após o 'Jornal Hoje', 'Chocolate com Pimenta – Edição Especial', tem autoria de Walcyr Carrasco, com direção de núcleo de Jorge Fernando. A direção geral é de Fabrício Mamberti e direção de Fred Mayrink.
ENTREVISTA COM ELIZABETH SAVALLA
O que sentiu quando soube que 'Chocolate com Pimenta' foi a novela escolhida para substituir 'O Cravo e a Rosa', que está fazendo grande sucesso no novo horário de novelas da TV Globo?
Fiquei muito feliz quando soube que ‘Chocolate com Pimenta’ seria reprisada no lugar de ‘O Cravo e a Rosa’. São dois grandes sucessos do Walcyr Carrasco, que sabe lidar muito bem com a escrita, ele é fantástico. ‘Chocolate com Pimenta’ foi meu segundo trabalho em novela com o Walcyr - antes fiz a ‘A Padroeira’ - e guardo ótimas lembranças. Foi uma novela maravilhosa, com aquela fábrica de chocolates divina – lembro que a namorada de um dos meus filhos dizia que toda vez que assistia, tinha que fazer uma panela de brigadeiro para acompanhar, e o problema é que ela assistia todos os dias (risos). A novela tinha uma luz em cima dos produtos daquela fábrica, era morango que caía, era chocolate que caía; era muito apetitoso. Para quem gosta muito de chocolate era muito difícil assistir (risos). E a pimenta do ‘Chocolate com Pimenta’ ficava para a Jezebel, uma pimenta daquelas ardidas, mas maravilhosa. Uma personagem incrível, que eu tive paixão em fazer.
A Jezebel, é aquele tipo de vilã que o público adora odiar, ela sempre se dá mal com as próprias maldades. O que você recorda do processo de composição da personagem?
Ela é uma vilã igual as de desenho animado – sabe aquele vilão que sempre se dá mal? Ela faz uma maldade e na hora é descoberta, ou cai alguma coisa na cabeça, leva muito banho de chocolate – nossa, o que eu levei de torta na cara (risos)... a composição foi muito em cima da Belle Époque, dos anos 1920, e da maldade extremamente caricata que a personagem tinha. Foi um trabalho bem interessante de composição.
É uma das personagens mais marcantes de sua carreira? Até hoje o público fala sobre ela com você? Como são essas abordagens?
Não posso dizer que tenha sido o personagem mais marcante da minha carreira, porque eu tive muitos personagens marcantes: a Carina, de ‘Pai Herói’, que muita gente fala até hoje; a Malvina, de ‘Gabriela’, que muitos ainda passam por mim e falam e de alguma forma as pessoas falam da galeria dos personagens, afinal são 47 anos de TV Globo, e muitos personagens. Mas a Jezebel realmente marcou muito, foi uma novela que marcou muito.
Quais foram as melhores parcerias com atores do elenco que teve durante sua participação na novela?
Eu tinha uma parceria muito grande com o Ary França e o Ary Fontoura, eles eram maravilhosos. Um fazia o mordomo, o outro fazia o meu irmão, e nós tínhamos cenas em que deitávamos e rolávamos. Mariana Ximenes, Kayky Brito, Priscila Fantin e Rosane Gofman eram as pessoas com quem eu mais contracenava. E os vilões, que eram maravilhosos: Cláudio Corrêa e Castro, Tarcisinho (Tarcísio Filho), e Ernani Moraes. Era um grande elenco.
Qual a cena ou sequência mais te marcou em 'Chocolate com Pimenta'?
Tem uma cena em que havia uma guerra de chocolate na fábrica de chocolates, e aí o Marcello Novaes jogou uma torta, mas com uma força, que pensei: ‘agora quebrei meu pescoço’. Voltei devagarinho, não tinha quebrado, claro, mas eu levei muita torta na cara (risos). São momentos que fazem parte de uma novela tão divertida e deliciosa como essa.
Recentemente algumas novelas em que atuou têm sido reprisadas. Qual a sua expectativa para essa reprise de 'Chocolate com Pimenta'?
A minha expectativa é que seja muito vista, porque é uma novela, assim como foi ‘O Cravo e a Rosa’, que o Walcyr acertou com mãos de mestre, o Jorginho (Jorge Fernando) era um diretor fantástico, de quem tenho muita saudade, a luz era linda, o cenário maravilhoso... Essa época de 1920 é muito bonita, os detalhes de decoração, do figurino, foi um trabalho muito gostoso, que fica no coração da gente.
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