Canal Brasil exibe mostra sobre Carandiru 30 anos após o massacre

Divulgação

Considerada a ação mais violenta dentro de uma penitenciária brasileira, o Massacre do Carandiru completa 30 anos no domingo, dia 2 de outubro. Em 1992, policiais entraram na Casa de Detenção de São Paulo para conter uma rebelião, porém a intervenção causou a morte de mais de 100 detentos. Para lembrar o caso, o Canal Brasil apresenta, a partir das 20h40, uma mostra especial com os filmes “Encarcerados” e “Carandiru”, que serão exibidos em sequência.

O documentário “Encarcerados”, dirigido por Pedro Bial, Claudia Calabi e Fernando Grostein Andrade, abre a mostra e retrata a realidade de oito penitenciárias de São Paulo através da rotina de trabalho dos carcereiros. A produção apresenta entrevistas com funcionários e suas famílias, ex-detentos e presidiários. Alguns deles testemunharam o Massacre do Carandiru.

Em seguida, às 21h55, é a vez do filme “Carandiru”, inspirado no livro do doutor Drauzio Varella, “Estação Carandiru”. Dirigido por Héctor Babenco, o longa conta a história de um médico que se oferece para realizar um trabalho de prevenção ao HIV no maior presídio da América Latina. Durante sua experiência, o profissional percebe que além dos problemas de saúde, os prisioneiros são figuras complexas e que na prisão há solidariedade, organização e vontade de viver. Luiz Carlos Vasconcelos, Lázaro Ramos, Caio Blat, Rodrigo Santoro e Ailton Graça são alguns dos nomes presentes no elenco.

30 Anos do Massacre de Carandiru

Encarcerados (2019) (74’)
Horário: Domingo, 02/10, às 20h40
Classificação: 14 anos
Direção: Fernando Grostein Andrade, Pedro Bial e Claudia Calabi

Sinopse: Oito prisões brasileiras e uma realidade que não se lê nas páginas de jornal. O documentário costura entrevistas de funcionários das penitenciárias de SP e seus familiares para retratar a vida no sistema carcerário.

Carandiru (2003) (145’)
Direção: Héctor Babenco
Horário: Domingo, 02/10, às 21h55
Classificação: 16 Anos

Sinopse: Carandiru, história baseada em fatos reais e no livro escrito pelo médico Drauzio Varella (Luiz Carlos Vasconcelos), começa quando ele resolve fazer um trabalho de prevenção à AIDS no maior presídio da América Latina: a Casa de Detenção de São Paulo, o Carandiru, vítima de um dos dias mais negros da história do Brasil, quando a Polícia Militar do Estado de São Paulo, a pretexto de manter a lei e a ordem, fuzilou 111 pessoas. Ali, o médico toma contato com o que, aqui fora, temos até medo de imaginar: violência, superlotação, instalações precárias, falta de assistência médica e jurídica, falta de tudo. O Carandiru, com seus mais de sete mil detentos, merece sua fama de inferno na terra. Porém, nosso personagem logo percebe que, mesmo vivendo numa situação limite, os internos não representam figuras demoníacas. Ao contrário, ele testemunha solidariedade, organização e, acima de tudo, uma grande disposição de viver. Não é pouco e é o suficiente para que ele, fascinado, resolva iniciar um trabalho voluntário. Oncologista famoso, habituado a mais sofisticada tecnologia médica, Drauzio Varella pratica a medicina como os antigos: com estetoscópio, olhar sensível e muita conversa.

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