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O 'Conversa com Bial' fecha a semana recebendo hoje, dia 15, dois dos maiores nomes da música brasileira, emergentes no final da década de 1960. Baby do Brasil e Pepeu Gomes, ex-integrantes do grupo Novos Baianos, marcaram uma geração – sem contar a notável relevância ainda hoje – com sua mistura de rock e ritmos brasileiros, como samba, choro, MPB e bossa nova. Com o fim do Novos Baianos, em 1979, Baby e Pepeu, assim como os demais integrantes, seguiram carreira solo, mas colaboravam sempre com o outro, já que mantinham uma rotina de casal. O relacionamento chegou ao fim em 1988 e, agora, 34 anos depois, eles voltam a trabalhar juntos na turnê “140 graus” - uma brincadeira com idade de ambos, que completam 70 anos neste ano -, composta por apresentações dos grandes sucessos da dupla.
No encontro presencial com Pedro Bial, num armazém do Porto, no Rio de Janeiro, eles dividem suas histórias pessoais com a música, também como se conheceram, no último show de Caetano Veloso e Gilberto Gil antes do exílio, em que cantaram o álbum “Barra 69”, em Salvador, com Pepeu na banda. “Eu era baixista quando Gil me viu na televisão tocando. Ele foi na minha casa pedir autorização ao meu pai para fazer o show. Falei ‘meu pai deixou, Gil, mas eu quero morar com você’ [...]. Aí saí de casa para morar com Gil e fazer os arranjos do ‘Barra 69’. Um dia fuçando nos discos do Gil achei uns do Jimi Hendrix, naquela noite fui dormir baixista e acordei guitarrista”, conta Pepeu.
Sobre a vivência com o Novos Baianos, Baby e Pepeu contextualizam as limitações artísticas durante a Ditadura Militar, e o sonho que compartilhavam de se tornarem uma banda histórica, o que de fato aconteceu. E, claro, trazem a sinergia entre eles, mesmo depois do fim de Novos Baianos. “Eu sei onde é a explosão do Pepeu, sei quando ele vai dar aquela nota lá em cima”, conta Baby, que também revela o processo conjunto para composição. “Nós trabalhamos muito e num momento resolvemos nos separar. A gente achou que seria bom dar uma descansada um de lado e outro de outro porque a gente não tinha interesse de falar sobre a nossa separação para ninguém. Era uma coisa só nossa e isso foi uma coisa muito bacana porque se a gente tivesse criado um barraco não poderíamos estar sentados aqui hoje”, diz ela.
A dupla menciona os seis filhos que tiveram juntos e a relação da família, além da fé que têm.
Com direção artística de Monica Almeida, o ‘Conversa com Bial’ vai ao ar na TV Globo de segunda a sexta, após o ‘Jornal da Globo’. O programa também é exibido no canal internacional da Globo e em simulcast no Globoplay. As entrevistas também podem ser acompanhadas no podcast ‘Conversa com Bial’, disponível no Globoplay ou em qualquer plataforma de áudio.
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