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Clássico da teledramaturgia no país, "Os Imigrantes" marca o lançamento do segundo horário de folhetins na programação da TV Brasil que passa a exibir tramas emocionantes na telinha também às 18h a partir desta segunda (9). No ar de segunda a sábado, a novela antecede o conteúdo jornalístico transmitido ao vivo, às 19h, enquanto a histórica produção "A Escrava Isaura" é a atração da faixa nobre, às 20h, com destaque de público no canal.
Gestora da TV Brasil, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) adquiriu os direitos de exibição da obra depois da repercussão positiva de folhetins anteriores. O contrato de licenciamento permite exibir a novela em sinal aberto e fechado, pelas afiliadas da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), pela TV Brasil Web e pelo aplicativo TV Brasil Play. A novela tem horário alternativo na madrugada às 01h15.
A novidade reforça o empenho institucional em oferecer programação de qualidade para o cidadão brasileiro, segundo Glen Valente, Diretor Presidente da EBC. "A transmissão da novela 'Os Imigrantes' atende ao interesse da empresa em promover atrações nacionais que contribuam no desenvolvimento da consciência crítica das pessoas. O alcance de novos públicos é um dos objetivos da exibição de obras que atravessam gerações como as novelas escolhidas pelo canal para sua grade.", afirma.
A nova janela para atrações do gênero acompanha a saga dos imigrantes que vieram para o Brasil no final do século XIX. Sempre no mesmo horário, às 18h, os capítulos do premiado folhetim terminam para o início do telejornal Repórter Brasil, às 19h, e do programa esportivo Stadium, às 19h40.
Trama de época com autor de renome e grande elenco
Considerada uma das novelas brasileiras de maior duração, com 190 episódios, "Os Imigrantes" reúne elenco de astros para revelar os desafios dos estrangeiros ao chegar em território nacional. Os atores Rubens de Falco, Othon Bastos e Altair Lima vivem personagens homônimos, mas de países distintos. Os protagonistas interpretam um italiano, um português e um espanhol chamados Antônio.
A obra escrita pelo consagrado autor Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Atílio Riccó e Henrique Martins teve sua primeira exibição entre 1981 e 1982 na Bandeirantes. O folhetim foi uma das obras que marcou a carreira do novelista.
Elogiada pela crítica especializada e reconhecida pelos espectadores, a produção alcançou um público cativo. Entre as conquistas de "Os Imigrantes" estão diversas premiações da época como o Troféu Imprensa e várias categorias da láurea concedida pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).
Desenvolvida em cinco fases, com passagens de tempo entre os capítulos, e mudanças em núcleos do elenco, a narrativa ganhou sequência com o subtítulo "Terceira Geração" para completar a história das famílias que se estabeleceram no Brasil.
A redação da etapa final da trama com o enredo que envolve os acontecimentos com os descendentes dos imigrantes foi elaborada por Renata Pallottini e Wilson Aguiar Filho. Essa etapa da produção de dramaturgia foi supervisionada por Antônio Abujamra e Antonino Seabra.
Com performances audaciosas, a novela "Os Imigrantes" traz grande elenco com dezenas de personalidades das artes cênicas.
Referência na dramaturgia nacional, a novela tem fotografia marcante com bonitas cenas que se destacam pelo impacto visual positivo. Além dos cenários, a produção também conta com figurinos de época e caracterização apropriada para cada fase da história que acompanha a ação de personagens desde o século XIX até o início dos anos 1960.
Outro destaque do folhetim diz respeito à trilha sonora com repertório nacional e internacional em vários LPs. A seleção teve obras da Itália, Espanha e Portugal. O trabalho de sonorização autêntico traz vasto apanhado musical bem diverso para retratar a origem rural e urbana dos personagens. A combinação inclui obras instrumentais, músicas brasileiras com influência norte-americana bem como jazz e valsas românticas.
Conflitos da trama
O enredo de "Os Imigrantes" retrata com ousadia a odisseia dos estrangeiros que saíram de suas nações para tentar a sorte no Brasil. Eles chegaram à América do Sul no final do século XIX com muitos sonhos na bagagem. A produção acompanha a vida de família que ajudaram a construir o país com atuação em setores variados da economia, mas principalmente nas lavouras de café do interior de São Paulo.
A trama centra-se na história de três homens e suas descendências no passar das décadas. O enredo mostra a vida daquela geração e das seguintes. Os protagonistas compartilham o mesmo nome, mas são de nacionalidades diferentes. Com criatividade, a novela ilustra os sacrifícios e embates de italianos, portugueses e espanhóis para prosperar em terras brasileiras.
O trio é interpretado por grandes atores. O italiano Antônio di Salvio foi representado por Herson Capri na primeira fase e Rubens de Falco nas etapas seguintes. Já o português Antônio Pereira teve a atuação de David Arcanjo e Othon Bastos enquanto o espanhol Antônio Hernandez foi vivido pelos atores Jose Piñero e Altair Lima.
Com o final da escravidão, os grandes fazendeiros precisavam de trabalhadores já que muitos negros se recusavam a servir como mão de obra barata, mesmo pagos, após tanta tortura e sofrimento que viveram no passado. Os estrangeiros surgiram como uma oportunidade para desenvolver o trabalho no campo.
Para trazer os imigrantes, o Brasil os atraiu de países da Europa e até do Japão. Essas pessoas vieram com sua prole na esperança de adquirir terras para seu sustento em um novo mundo. Ao chegar, porém, encarava uma dura realidade.
Contratados ao desembarcar no porto ou vagando pelas cidades até obter ocupação, muitos desses estrangeiros foram trabalhar nas lavouras de café no interior de São Paulo. A labuta incluir não só adultos, homens e mulheres, como até crianças.
A novela acompanha a rotina de diversos personagens que enfrentam desventuras no Brasil em tramas envolventes. Os primeiros capítulos destacam a chegada dos três Antônios ao país no final do século XIX. A segunda fase caracteriza a vida das famílias 25 anos depois nas décadas de 1910 e 1920.
A terceira etapa do folhetim apresenta os netos dos imigrantes nos anos 1930. Os dramas da velhice do trio principal enquanto a família cresce são abordados na quarta fase da produção que se estende pela década de 1940. Já na quinta fase, no começo dos anos 1950, a saga das novas gerações é revelada com a morte dos patriarcas.
Com o subtítulo Terceira Geração, os episódios que marcam o encerramento do clássico "Os Imigrantes" mostram como se portaram até a década de 1960 os filhos e netos dos estrangeiros que vieram ao Brasil no século anterior durante o início da trama.
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