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O segundo episódio do Projeto Upload, neste domingo, 10 de abril (22h30), fala sobre a diversidade na liderança, tema que se tornou obrigatório nas empresas que querem ter relevância no mercado, na sociedade e junto aos seus consumidores. Mas, segundo Stéphanie Fleury, apresentadora do programa, a representatividade das minorias ainda não chegou aos altos cargos. Somente após assumir a posição de head da área comercial do Linkedin, é que ela revelou sua orientação sexual. “Eu fui tirada do armário pelo Linkedin. Foi um susto, mas foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Seria difícil eu contar para todo mundo e, a partir daquele dia, eu me libertei. E esse é um assunto fundamental, principalmente para quem está em um cargo de liderança e tem o poder de decisões na mão”, afirma.
O programa traz a experiência de especialistas como Ricardo Sales, sócio-fundador da consultoria Mais Diversidade e pesquisador na Universidade de São Paulo. Ele conta que, desde o início da carreira, sempre ouviu dos amigos que falar sobre sua orientação sexual poderia limitar as possibilidades profissionais. Mas esclarece que atualmente a diversidade e a inclusão vêm sendo trabalhados como temas estratégicos, porque “são fundamentais em termos de competitividade, fazem parte de uma agenda de negócios e podem ajudar as organizações a prosperarem”. Segundo Sales, é fundamental que as organizações assumam uma posição, comunicando para a sociedade o que pretendem fazer nessa agenda.
Outro entrevistado do Projeto Upload é o executivo Theo van der Loo, um dos pioneiros a tratar do racismo nas grandes empresas. “Não é fácil a gente só querer gerar uma mudança. A gente tem que ter apoio na empresa das pessoas que decidem, das pessoas que contratam”, observa. Ele começou a se interessar pelo tema quando, em 2017, viu um amigo negro muito qualificado ser descartado por um headhunter. “Eu passei a ver que o problema no Brasil era muito maior do que eu imaginava”, conta. Theo acredita que “para avançar na solução, o homem branco tem que ceder espaço para que mulheres, gays e negros possam crescer”.
Incentivar empreendedores negros é a pauta da psicóloga Maitê Lourenço, CEO da BlackRocks Startups. “A gente tem um processo muito complexo dentro das corporações que é o não reconhecimento das pessoas negras como lideranças. Sabemos que, hoje, apenas 5% das grandes lideranças são pessoas negras e isso leva a grande maioria a empreender”, explica.
Já a presidente da SAP América Latina e Caribe, Cristina Palmaka, está empenhada para que mais mulheres ocupem cargos na direção de empresas. “As novas gerações desafiam mais o status quo e temos exemplos de lideranças que estão trazendo uma mudança, o avanço, mas ainda tem muita coisa para acontecer”, afirma. A executiva pontua que “o desafio é garantir a inclusão por exemplos, por ações, não apenas por missões penduradas na parede”.
O ''Projeto Upload'' é exibido aos domingos, às 22h30.
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