Repórter Record Investigação mostra a luta diária pela vida de mulheres mutiladas, vítimas de tentativa de feminicídio

Divulgação

O Brasil é quinto país no mundo em assassinato de mulheres. Em 2021, durante a pandemia, 17 milhões de brasileiras sofreram algum tipo de violência. Diante destes dados alarmantes, o Repórter Record Investigação cruzou quatros estados - Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo -, onde os números são ainda mais trágicos, para acompanhar a luta de mulheres que quase morreram nas mãos dos seus companheiros e, agora, enfrentam o desafio diário de reaprender a viver com as sequelas deixadas pelos ataques. A reportagem exclusiva, de Mariane Salerno, Rogério Guimarães e Mariana Ferrari, vai ao ar nesta quinta-feira (10/02). O programa tem apresentação de Luiz Fara Monteiro.  

Geysa sobreviveu a golpes de facão, mas teve as duas mãos arrancadas pelo marido, com quem viveu durante um ano e meio. A vida dela mudou completamente depois da mutilação. "A mão é tudo. É a vida da gente. A dor que eu sinto hoje é que eu não posso fazer mais as minhas coisas, eu não consigo", desabafa.

Assim como a Geysa, Ingrid é uma sobrevivente. Hoje ela encara uma nova rotina junto do filho, um menino de 11 anos que se tornou seu principal apoio. Aos 34 anos, ela levou um tiro no ombro num assalto na farmácia onde trabalhava. "Eu perdi os movimentos da cintura para baixo, quase fiquei tetraplégica", conta. O roubo havia sido encomendado pelo próprio marido, que a queria morta por causa de ciúmes."Ele deu R$ 5 mil aos bandidos e parcelou R$ 13 mil", revela. Total: R$ 18 mil reais para assassinar a esposa.

Mesmo com o agressor preso, muitas mulheres ainda se sentem ameaçadas. E vivem sob algum tipo de proteção. É o caso de Ângela e Roseli. A primeira sofreu vários golpes de canivete no pescoço na saída do trabalho, há quase um ano. O agressor: o ex-marido, inconformado com o fim do casamento de mais de duas décadas. "Foram 79 pontos ao todo", relembra. O ex foi preso quase um mês depois da tentativa de feminicídio. E ela passou a receber visitas da Guarda Civil Metropolitana.

Roseli também foi atacada pelo ex-companheiro, que não aceitou a separação. "Ele mirou a arma pra mim e atirou. Eu estava com duas crianças. Uma no colo, bebê, e a outra do meu lado. Os dois tiros acertaram minha coluna. Fiquei seis meses no hospital", conta.

Além de entrevistar as vítimas que vão carregar sequelas para sempre, o Repórter Record Investigação também conversa com familiares de mulheres assassinadas, pessoas que ainda sofrem com a perda recente.

Apresentado por Luiz Fara Monteiro, o Repórter Record Investigação desta quinta-feira (10/02), vai ao ar às 22h30, logo depois da novela A Bíblia.

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