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Mesmo décadas após o fim da Segunda Guerra Mundial e a derrocada de Hitler, as discussões sobre o nazismo ainda estão constantemente em voga. Os horrores desse período sombrio da história são – e precisam ser – constantemente lembrados no intuito de que não se repitam. Por isso, o Curta!On – Clube de Documentários, no NOW e no Tamanduá.TV, possui um acervo de produções que se destinam a contar essa história desde os primórdios da ascensão de Hitler até as consequências no pós-guerra, quando o mundo se reorganizava a partir da vitória dos Aliados e do declínio da Alemanha e dos demais países do Eixo.
Confira:
“Hitler e Churchill: A Águia e o Leão” (Microssérie)
O dia 10 de maio de 1940 foi emblemático para duas figuras que decidiriam os rumos da Segunda Guerra Mundial: Winston Churchill se tornava primeiro-ministro da Grã-Bretanha, enquanto Adolf Hitler atacava a Europa Ocidental, invadindo Holanda, Bélgica, Luxemburgo e França. O conflito mundial que se estendeu até 1945 é narrado dos pontos de vista paralelos desses dois líderes na minissérie em dois episódios "Hitler e Churchill: a Águia e o Leão", que estreia no Brasil exclusivamente no Curta!. Dirigido pelo francês David Korn-Brzoza, o documentário opõe as trajetórias de Churchill e Hitler desde a infância, passando pelas atuações de ambos na Primeira Guerra Mundial e mostra as estratégias de enfrentamento de cada um durante a Segunda Guerra, com uma abundância de imagens históricas colorizadas e narração de David Gasman. Direção: David Korn-Brzoza. Duração: 45 min. Classificação: Livre.
“1945 – 1953: Da Segunda Guerra à Guerra Fria” (Microssérie)
Nos meses finais da Segunda Guerra Mundial, a derrota dos países do Eixo era iminente e o destino da humanidade passou a ser traçado pelos líderes dos Aliados, prestes a se tornarem vitoriosos. No comando dessa força de coalizão estavam os Estados Unidos, o Reino Unido e a União Soviética, representados, respectivamente, por Franklin Roosevelt, Winston Churchill e Josef Stalin. O documentário “1945-1953: da Segunda Guerra à Guerra Fria”, que estreia no Curta! com exclusividade, reconta os momentos decisivos dessa história. Para isso, utiliza-se de depoimentos de historiadores e de pessoas que acompanharam de perto o processo, entre eles, Curtis Roosevelt, neto de Franklin Roosevelt, e Igor Preline, ex-agente e porta-voz da KGB, além de cartas, arquivos secretos e de simulações encenadas que dão vida aos fatos narrados. Direção: Emilie Lançon. Duração: 52 min. Classificação: Livre.
“Minha vida na Alemanha de Hitler” (Microssérie)
A obra, em dois episódios, da produtora francesa ARTE aborda uma investigação das histórias de pessoas que viveram na Alemanha nazista no período de 1933 a 1938. O documentário teve como base cerca de 20 mil depoimentos encontrados nos arquivos da Universidade de Harvard, escritos por alemães exilados, incluindo judeus, protestantes, católicos e oponentes políticos. Além dos relatos dessas pessoas comuns sobre a vida cotidiana em um país que estava prestes a deflagrar (em 1939) a Segunda Guerra Mundial, a minissérie mostra e explica fatos relevantes na escalada de violência dos anos 1930 e na trajetória de Hitler até chegar ao poder. O primeiro episódio cita os acontecimentos cruciais que permitiram a ascensão do Führer, como o incêndio do Reichstag, a prisão de seus primeiros opositores, a progressiva perda de direitos civis e a construção dos primeiros campos de concentração. Direção: Jérôme Prieur. Duração: 60 min. Classificação: 16 anos.
“O Filme Perdido de Nuremberg” (Documentário)
Um novo mundo nasce dos escombros da Segunda Guerra Mundial, e, com ele, o desejo de se fazer justiça sobre as atrocidades cometidas pelos nazistas. Assim, a cidade alemã de Nuremberg foi escolhida para sediar um tribunal que seria decisivo para o século XX. Mais de 75 anos depois, o Curta! apresenta um documentário que conta uma parte dessa história: “O Filme Perdido de Nuremberg”, uma produção da ARTE France, com direção de Jean-Christophe Klotz. O filme narra a história dos jovens irmãos americanos Stuart e Budd Schulberg, recrutados (por indicação do cineasta John Ford) para a missão de percorrer uma Alemanha devastada em busca de provas irrefutáveis que pudessem ser exibidas no Tribunal de Nuremberg, como fotografias e vídeos feitos pelos próprios nazistas. Pela primeira vez, um Estado soberano seria julgado e uma tela de cinema seria usada para a apresentação de evidências. Direção: Jean-Christophe Klotz. Duração: 94 min. Classificação: 10 anos.
“Rastreando Klaus Barbie” (Documentário)
Conhecido como “Açougueiro de Lyon”, Klaus Barbie foi um oficial de alto escalão da organização paramilitar nazista SS e, posteriormente, chefe da unidade da Gestapo (a polícia secreta de Hitler) em Lyon, na França. Durante a Segunda Guerra Mundial, enviou mais de 7 mil judeus para campos de extermínio e ficou conhecido pela brutalidade com que torturava seus prisioneiros. Depois do fim da guerra, fugiu para a América do Sul e se tornou espião dos Estados Unidos durante a Guerra Fria. O documentário “Rastreando Klaus Barbie”, de Christophe Brulé e Vincent Tejero, retrata a trajetória e o julgamento do líder nazista. Produzido pela Arte, o longa foca no julgamento de Barbie e na proteção que ambos os serviços secretos, da Alemanha e dos EUA, ofereceram a ele, ainda que em períodos diferentes. A produção se baseou em pesquisas realizadas pelo historiador alemão Peter Hammerschmidt e em arquivos históricos. Direção: Jérôme Prieur. Duração: 52 min. Classificação: Livre.
“Arquitetura da Destruição” (Microssérie)
O documentário, dividido em três partes, mostra a relação de Adolf Hitler com as artes e a arquitetura. Muito antes de chegar ao poder, sendo nomeado chanceler pelo presidente Paul von Hindenburg, o Führer já manifestava o desejo de seguir uma carreira nas artes plásticas. Era admirador das artes clássicas grega e romana, que ele julgava estarem livres de influências judaicas. Para ele, a arte deveria visar a um ideal de beleza e perfeição. Assim, o ditador iniciou uma forte perseguição aos artistas modernistas, dando às obras deles a alcunha de “arte degenerada”. Na visão nazista, as artes seriam fortes aliadas na construção estética e ideológica de uma política que estaria disposta a eliminar os que não se enquadravam nesse ideal do que é belo e virtuoso para a sociedade. Direção: Peter Cohen. Duração: 36 min. Classificação: 14 anos.
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