"Se a favela tivesse parado por conta da pandemia, o país também parava", diz fundador da CUFA no #Provoca

Divulgação Julia Rugai

O #Provoca desta terça-feira (14/12) recebe Celso Athayde, fundador da CUFA (Central Única das Favelas). Na edição, o empresário, ativista e atual CEO da Favela Holding, grupo de 24 empresas oriundas da favela, fala sobre a vida na rua, a ação das favelas durante a pandemia, terceira via, entre outros temas. O programa inédito vai ao ar às 22h, na TV Cultura.

Athayde viveu na rua com sua mãe, e sobre esses momentos de sua vida ele conta: "Quando você chega na rua, o cheiro da rua é cheiro de urina, horrível. Logo, logo, aquele cheiro passa a não ser tão ruim assim e depois passa a ser perfume. Aquele passa ser o seu cheiro".

"Meu sonho é que a gente tenha um déficit habitacional em que o país viva sem nenhuma favela, porque não é orgulho nenhum existir a CUFA, pra mim é uma vergonha. A CUFA tem que ser coisa do passado o mais rápido possível", afirma sobre a Central Única das Favelas e a realidade brasileira. Athayde ainda diz, ao longo da edição, que "se a favela tivesse parado por conta da pandemia, o país também parava", porque é das favelas que vem os trabalhadores da base da pirâmide, que não pararam em momento algum.

Ao ser provocado por Tas, que pergunta como é a metodologia de Athayde no investimento dos empreendimentos, rebate: "A minha metodologia, de verdade, é o foda-se". E acrescenta, contando que quando se tem dinheiro, é possível fazer pesquisas, planejamentos, e quando não se tem nada, é preciso sobreviver, arriscar e, se der errado, não faz a menor diferença, porque você já não tinha nada antes.

"Você é a terceira via que tanto falam? Vai ser Athayde 2022?", pergunta Tas. O empresário responde que em seu meio nunca ouviu dizerem isso, na verdade, até sugerem para ser candidato em cargos como o de deputado federal. "Terceira via, aí já é muita responsabilidade", finaliza.

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