‘Mistura Paulista’ refaz o trajeto da linha Lapa-Penha no segundo episódio da série

Divulgação Globo

A linha de ônibus Lapa-Penha, que em 2021 completaria 68 anos, percorria 55 quilômetros ligando a zona oeste à zona leste de São Paulo. O trajeto deixou de existir em 2004, mas até hoje faz parte da história dos moradores dos dois bairros. No segundo episódio de 'Mistura Paulista', que vai ao ar neste sábado, 4, logo após o ‘Jornal Hoje’, para a Região Metropolitana de São Paulo, Denise Thomaz Bastos e Luiza Vaz refazem esse caminho para conhecer as particularidades, a gastronomia e a cultura que essas duas regiões oferecem para quem mora ou visita esses lugares. Além de conversar com historiadores para entender como a Penha se tornou capital do estado de São Paulo em 1924, o programa também visita essa semana uma exposição tradicional de carros antigos e mergulha na história do Teatro Cacilda Becker, construído na década de 80. 
 
Na Lapa, a repórter Luiza Vaz se surpreende ao saber que o bairro possui dezenas de ‘vilas’, que compõem as ruas e esquinas da região. A resposta sobre essa curiosidade ela descobriu rapidamente ao iniciar a sua caminhada pelo local. A estação de trem da Lapa foi a porta de entrada para imigrantes de diferentes países da Europa que, atraídos pelo trabalho nas fábricas, frigoríficos e no comércio, acabaram se instalando e inaugurando suas ‘vilas’. Além de conhecer a cultura da miscigenação que ajudou a construir cada pedacinho desse canto da zona oeste paulistana, Luiza degustou sabores especiais em bares, restaurantes e no Mercado Municipal da Lapa. Entre eles, o petisco de carne de rã, o sanduíche de pernil com o tempero que só o dono conhece e o pão de alho recheado com um churrasco completo. “A Lapa é um lugar de pessoas apaixonadas. Encontramos muita gente que nasceu na Lapa, até tentou morar em outra parte da cidade, mas voltou. As pessoas têm orgulho de lá, das múltiplas opções comerciais, gastronômicas, culturais e arquitetônicas”, comenta Luiza Vaz. 
 
Na zona leste da cidade, Denise Thomaz Bastos explora o bairro da Penha e se depara com histórias de pessoas que nasceram, cresceram e montaram seus negócios para ajudar a região a crescer economicamente. Como a Vinícola Lucano, construída e desenvolvida por ‘seu’ Rocco, nascido no sul da Itália, que desembarcou em São Paulo em 1968. O que antes era uma produção de vinhos caseira, apenas para amigos e familiares, se tornou local de venda e exportação de vinhos para dentro e fora do país. Atualmente, tem capacidade para armazenar de 60 a 70 mil garrafas e ainda oferece aos visitantes massas italianas, pães artesanais, linguiças e queijos especiais. “A Penha foi uma aula histórica. Além de saber que foi capital do estado por três meses, descobri que o bairro tem uma vinícola linda e acolhedora. Tem de tudo nessa cidade. Aqui tem gente do Brasil e do mundo todo, tem espaço para todos os tipos de música, tribos e comidas. São Paulo respira muitas culturas e isso é o gostoso da cidade”, completa Denise. 
 
Também no programa deste sábado, Denise faz uma visita especial ao Clube Esportivo da Penha acompanhada de Walter Casagrande, ex-jogador do Corinthians e da seleção brasileira, que marcou seus primeiros gols nas quadras do clube. A repórter conversa com amigos do ‘Casão’ da época em que atuavam juntos e também descobre um novo esporte: o tamboréu. A modalidade, que é praticada por pessoas de diferentes idades, é tradição no local e não admite ser chamado de brincadeira. Ainda na Lapa, Luiza Vaz vai até o Prédio União Fraterna, espaço em que é realizado um dos mais tradicionais bailes da cidade, o Baile da Saudade, promovido há 63 anos no bairro. Durante a visita, Luiza escuta relatos de senhores e senhoras que fazem questão de manter a tradição das roupas de gala para seguir bailando e revivendo os anos dourados.
 
O segundo episódio de ‘Mistura Paulista’ vai ao ar na tarde de sábado, dia 4, logo após o ‘Jornal Hoje’, apenas para a Região Metropolitana de São Paulo.

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