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O psiquiatra e psicanalista Jacques Stifelman é o convidado de Marcelo Tas no #Provoca desta terça-feira (9/11). Na edição, eles conversam sobre saúde mental, dinheiro e quando a perda de memória faz bem. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h
O psiquiatra fala que a saúde mental é a capacidade de ter dúvidas. "Não é aquela dúvida se você quer hambúrguer ou x-burguer. Mas a dúvida mais natural: o que eu estou vivendo agora está destinado a acabar (...) devo viver contra o tempo? (...) a certeza só traz garantias e protege da ideia da finitude, do fato do pensamento ser fragmentado e efêmero, nada dura, nem o próprio mal-estar tão acalantado nos dias de hoje", comenta.
Tas pergunta para Stifelman no programa o quanto de dinheiro ele pode continuar ganhando sem correr o risco de virar um homem rico deprimido? "O bastante para você se preocupar se caso você não trabalhe mais, quanto tempo seu dinheiro vai durar. Se você não tiver mais essa preocupação, me procure urgente e eu estou sem hora", responde.
Jacques diz ainda que a perda de memória pode estar associada, nesses tempos de pandemia, com uma forma de desorientação no tempo e espaço. "A ausência da memória faz a pessoa julgar-se mais insegura, fraca e realmente ela está acontecendo (...) alguns remédios para ajudar as pessoas durante a pandemia fazem elas perderem a memória também. É interessante a ideia de que a pessoa perde a memória, mas não perde a memória de que perdeu a memória. Podia perder tudo junto, mas não perde. Porque a necessidade do indivíduo usar um recurso de memória para se sentir seguro é muito grande. Agora não tem a menor dúvida, esquecer faz um bem assustador", conclui.
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