Aline, Elaine, Eulária, Liane, Loanda e Rosimeire: conheça as 'Mães do Brasil'

Divulgação Globo

Seis mães chefes de família são as protagonistas do especial 'Mães do Brasil', uma coprodução inédita da Favela Filmes, Kondzilla e Globo, que conta com a Central Única das Favelas (CUFA) como parceira, e que vai ao ar nesta quarta-feira, 1º de dezembro, depois de ‘Um Lugar ao Sol’. Inspirada no projeto “Mães da Favela”, da CUFA, a produção reúne histórias de mães que têm em comum a luta pela sobrevivência aliada às ações de solidariedade, que as ajudaram em um cenário que se tornou ainda mais difícil com a pandemia. Conheça nossas protagonistas:
 
Mães de três filhas, Aline Souza, de 44 anos, é moradora do bairro do Curuzu, na capital baiana, e teve uma infância de muita dificuldade. Durante a pandemia, ficou desempregada e decidiu vender acarajé na frente de casa para garantir o sustento da família. Seu maior sonho é voltar a estudar e um dia se tornar enfermeira para dar uma vida melhor às suas filhas. “Eu me sinto potência e muito especial por ter sido agraciada de participar desse documentário, de poder mostrar a minha favela, mostrar que ela não é só violência, que tem cultura, tem ação social, tem muita coisa para ser mostrada. É uma oportunidade para as pessoas conhecerem um pouco da minha história e da minha favela”, celebra Aline.
 
Com 33 anos, Elaine Torres vive na comunidade de Heliópolis, em São Paulo, e é mãe de seis filhos. Sua história foi a inspiração para a Central Única das Favelas (CUFA) criar o projeto “Mães da Favela”. Elaine tem o sonho de se formar, superar as dificuldades da vida e garantir um futuro melhor para seus filhos. “Eu me sinto muito feliz em saber que eu faço parte de um projeto tão lindo, que ajudou tantas mães, que é o ‘Mães da Favela’, da CUFA. E ser protagonista desse documentário é maravilhoso! Saber que nós, mulheres, mães da favela, somos potentes. Nós temos que abrir as nossas bocas e gritar para o mundo ouvir que, com muito orgulho, a gente é mãe de favela”, afirma Elaine.
 
Da comunidade de Paraisópolis, em São Paulo, Eulária de Jesus, de 67 anos, é mãe de três filhos. Natural de Minas Gerais, ela chegou a São Paulo quando tinha 18 anos e dedicou grande parte da sua vida à missão de cuidar das pessoas, especialmente de crianças. Com isso, virou a cuidadora da favela de Paraisópolis, com cerca de 100 crianças recebendo seu afeto e cuidado. “Eu deixo uma mensagem especialmente para as mães da minha favela. Para mim, foi muito importante cuidar dos filhos delas. Elas confiaram em mim. Foi muita confiança em deixar os filhos nas minhas mãos para sair para trabalhar o dia todo. Então a minha mensagem para elas é que elas sejam muito felizes e que nunca esqueçam dos sonhos delas e do que sonharam para os filhos”, diz Eulária.
 
Liane Pereira tem 38 anos, é mãe de seis filhos e vive na comunidade de Vila Esperança, no município de Montenegro, Rio Grande do Sul. Criada pelos avós, Liane vem de uma vida simples do interior gaúcho. Com uma história de muitos desafios e lutas, ela trilha sua caminhada na esperança de um futuro melhor para seus filhos. Para isso, sonha em concluir seus estudos. “A minha mensagem é que, por mais que a vida seja difícil, mesmo com as dificuldades que essas mães estejam passando, jamais deixem de sonhar e, principalmente, nunca deixem de ser felizes. Eu espero que elas vejam uma história, não só de sofrimento, mas também de conquistas porque tudo é um aprendizado e nunca é tarde para recomeçar, para sonhar e para ser feliz”, conta Liane.
 
Loanda Rufino tem 54 anos, é mães de três filhos e mora em Nova Sepetiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Com um olhar revolucionário para o futuro, ela é uma apaixonada pela vida, atuando em movimentos sociais conduzida pelo que mais acredita: um mundo melhor, com pessoas melhores. Mesmo diante de dificuldades, Loanda buscou forças para vencer os desafios e ainda motivar outras mulheres da sua comunidade. “Eu sinto um reconhecimento muito grande em poder representar milhares de mulheres, mães que vivem no sufoco, contando os dias e as moedas, regulando a comida do dia a dia da família para render até o fim do mês, fim do mês que nunca chega (risos). É corda no pescoço, tem noção? Com esse especial, é aquilo que estava engasgado finalmente saindo da garganta. É uma sensação de alívio!”, comenta Loanda.
 
Mãe de três filhos, Rosimeire Miranda tem 26 anos e vive na comunidade do Hileia, em Manaus. Com um passado de muita dificuldade, Rosimeire teve que se reinventar para enfrentar os desafios. Para garantir o sustento da família, atuou como ambulante, mas a pandemia a impediu de continuar. Com o apoio de algumas pessoas, abriu um pequeno negócio na frente de sua casa. “Eu me sinto realizada porque muitas mães vão se inspirar em mim. Me sinto também muito feliz porque as mães do Brasil vão ver que uma mãe da favela pode ser capaz de tudo. Até de fazer um documentário (risos)! Isso é muito bom! Espero que elas se inspirem nas nossas vidas e nunca desistam dos seus sonhos, assim como eu”, destaca Rosimeire.
 
‘Mães do Brasil’ é uma produção da KondZilla Filmes e Favela Filmes, em parceria com a Central Única das Favelas (CUFA), com direção de Kelly Castilho e John Oliveira e roteiro de Maria Shu. A supervisão artística é de Rafael Dragaud, e a direção de gênero, de Mariano Boni. O especial vai ao ar na TV Globo em 1º de dezembro, depois de ‘Um Lugar ao Sol’.

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