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''A Crônica Francesa'', da Searchlight Pictures e Indian Paintbrush, é o décimo filme do aclamado diretor americano Wes Anderson, e estreia nos cinemas em dia 18 de novembro. O filme é ambientado na redação de uma revista americana com sede numa cidade fictícia francesa do século XX, e apresenta uma coleção de histórias publicadas no veículo. Considerado uma carta de amor ao jornalismo, mais especificamente aos veículos impressos, a produção conta com a revista The New Yorker como uma das inspirações do diretor para o longa-metragem.
A história do 10º filme de Wes Anderson se passa no falecimento do adorado editor da revista Arthur Howitzer, Jr. que leva a equipe de A Crônica Francesa a escrever seu obituário. As lembranças de Howitzer fluem em quatro histórias: um diário de viagem pelas áreas mais miseráveis da própria cidade, o Cycling Reporter; “Uma Obra-Prima Concreta”, sobre um artista que é um criminoso louco, sua guarda na prisão que também é sua musa, e seus vorazes negociantes de arte; “Revisões para um Manifesto”, uma crônica do amor e da morte nas barricadas no auge dos tumultos estudantis e “A Sala de Jantar Privada do Policial”, uma história de suspense sobre drogas, sequestro e alta gastronomia.
Wes Anderson é conhecido por sua contínua colaboração com os atores e atrizes que compõem os elencos estelares de seus filmes e “A Crônica Francesa” não é exceção. Além disso, a abordagem do diretor à criação de seus filmes é única. Ele procura uma cidade ou vilarejo que sirva como base de operações, onde tudo e todos estejam a uma curta distância – seja a pé, de bicicleta ou de carro de golfe – e onde o elenco e a equipe de produção possam viver e trabalhar em comunidade.
“Trabalhar com o Wes é embarcar em uma aventura que mudará sua vida”, diz o veterano diretor de fotografia Robert Yeoman, oito vezes diretor de fotografia de longas-metragens de Wes Anderson. “Seja navegando em um barco pelas costas da Itália, viajando em um velho trem pela Índia ou descendo uma pequena rua em Angoulême, é uma experiência de vida que não se limita ao seu tempo no set. Sua atenção está completamente absorvida pelo filme”. O também colaborador de longa data Jason Schwartzman, que co-escreveu a história com Anderson e Roman Coppola e interpreta o cartunista da revista, comenta: “Trabalhar nestas coisas é uma verdadeira aventura”.
“Desde a viagem a Darjeeling”, conta Jeremy Dawson, seis vezes produtor de Wes, “começamos a trabalhar sem trailers para os atores, tendo o mínimo de trailers possível, tentando encontrar um lugar que, de alguma forma, funcione simultaneamente como estúdio e locação. Acredito que isso traz muitos benefícios psicológicos, porque todos nós realmente sentimos que estamos vivendo no filme. Então, para A Crônica Francesa, encontramos Angoulême”.
Com alguns nomes carimbados dos filmes de Anderson, como Bob Balaban, Liev Schreiber, Adrien Brody, Tilda Swinton, Owen Wilson e Bill Murray, o elenco de atores de “A Crônica Francesa” conta também com Benicio del Toro, Stephen Park, Léa Seydoux, Frances McDormand, Timothée Chalamet, Jeffrey Wright, Mathieu Amalric, entre outros.
“Estar em um filme de Wes é uma experiência muito familiar”, declara Bob Balaban, cuja participação em A Crônica Francesa marca a quarta colaboração do ator com o diretor. “Nós comemos juntos. Não tem uma fila longa e distante, em que você tem que ficar esperando e a comida acaba ficando fria e ruim. É amigável e Wes é como um pai forte, um pai muito amoroso, compreensivo e muito paciente. Você não quer voltar para casa e fica feliz filmando às quatro da manhã, pois isso simplesmente não importa”.
“Na primeira noite que cheguei a Angoulême”, relembra Liev Schreiber, “Wes me convidou para o que acho que foi chamado de ‘jantar da empresa’. Primeiro, eles me disseram para ir ao meu quarto nesta pitoresca pousada francesa. E, ao entrar, me deparei com essas lindas pantufas de um tecido felpudo escocês. Eu as coloquei... e eram maravilhosas, mas não tinha certeza se todos os outros iriam usá-las. Porém, quando desci, estavam todos lá de pantufas escocesas, bebendo um cocktail e esperando nosso grande jantar”.
“Quase todos nós ficamos no mesmo hotel”, conta Benicio del Toro, estreante no mundo de Wes Anderson, “e quando íamos jantar, estavam todas essas celebridades e atores que admiro. Então, foi ótimo, pois era como estar no Globo de Ouro sem a pressão, os discursos ou as câmeras”. Stephen Park, outro estreante do elenco, acrescenta: “Adorei nossos jantares depois das filmagens, todos juntos no hotel em que estávamos hospedados. Chegava um ator incrível após o outro e todos nos reuníamos para jantar contando as anedotas do dia. Foi tudo tão descontraído e divertido, com tantas histórias incríveis!”.
A atriz Tilda Swinton, que participou de quatro longas-metragens dirigidos por Anderson, acrescenta sobre o trabalho em seus filmes: “É sempre um universo de prazer e de incrível dedicação e criatividade. Um grupo de velhos amigos vem de todas as partes do mundo para se encontrar em todos os departamentos, desta vez em uma cidade provinciana francesa, junto com numerosos colegas, sem esquecer a participação animada e infalivelmente simpática dos figurantes, de quase todos os cidadãos de Angoulême.... nós nos beliscávamos todos os dias”. Adrien Brody, outro ator regular dos elencos de Anderson, conta: “Adoro a proximidade e a intimidade da experiência de trabalho que Wes cria. Somos uma companhia, um verdadeiro elenco, e isso me fascina”. Owen Wilson, que além de ser colega de faculdade Wes é, depois de Bill Murray, seu maior colaborador, acrescenta: “Não sei por que mais pessoas não tentam fazer filmes desta maneira”.
A Crônica Francesa estreia em 18 de novembro nos cinemas nacionais.