A atriz Bruna Marquezine é a convidada especial do podcast Mamilos

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Coração acelerado, ansiedade a mil por hora, sensação de sucesso não merecido e autossabotagem. A atual sociedade, lê-se ‘sociedade de performance’, espera (exige) sempre o melhor de todos, principalmente das mulheres, que são cobradas diariamente, seja no trabalho, em casa ou na maternidade. Para conversar com as apresentadoras Cris Bartis e Ju Wallauer sobre as inseguranças e a importância da rede de apoio emocional e psicológico, o podcast Mamilos recebe a atriz Bruna Marquezine, embaixadora da PUMA no Brasil, para um papo que tem como tema: ‘Por que nunca nos achamos boas o suficiente?’. O episódio, que já está disponível no Globoplay, também conta com a participação da psicóloga do Comitê Olímpico Brasileiro, Clara di Pierro. 
 
Confira os principais momentos da entrevista com a Bruna: 
 
Ansiedade 
Mamilos: Como é a sensação de sentir que a “impostora” está chegando? O que você sente no corpo e quais os pensamentos que costumam passar pela cabeça quando começa a surgir essa pontinha de insegurança? 
Bruna Marquezine: Quando a insegurança bate na porta, a primeira emoção que toma conta de mim é a ansiedade. E em cada situação eu sinto a ansiedade de forma diferente, como agitação, palpitação, inquietude ou então ela vem de uma forma que me deixa estagnada, com a sensação de ser incapaz de fazer qualquer coisa. É muito angustiante! 
 
Autossabotagem 
Mamilos: Como a ansiedade te autossabota? Divida conosco algum momento que, hoje, você olhe para trás e pense “gente, poderia ter sido mais fácil e eu tornei a coisa bem mais difícil”. Existiu algo assim? 
Bruna Marquezine: Sim, muitos momentos. Uma coisa que faço bastante é me sabotar me colocando para baixo. Eu começo a falar o quanto sou péssima, enlouquecendo as pessoas que estão ao meu redor porque nada pode ser dito para me convencer que eu sou capaz, que vou exercer a minha função como gostaria ou que vou ter orgulho do meu resultado final, do meu trabalho, do meu esforço e do meu processo. Então, eu começo a me colocar para baixo e passo a afirmar e me convencer de coisas muito cruéis ao meu respeito. De alguma forma, não sei como explicar, mas isso me traz uma ‘segurança’, porque se eu me coloco nesse lugar, eu já adiantei o meu fracasso, já acabei com as expectativas de todos ao meu redor. É um mecanismo de defesa e não ter que encarar o desafio. Exemplo, no set é o lugar que eu sou mais feliz e mais insegura. Ao mesmo tempo, ele me preenche, mesmo trazendo essa ansiedade.  
 
Sororidade feminina 
Mamilos: Você consegue falar para gente se existe alguma mulher que te puxe para cima? Aquela pessoa, seja no dia a dia ou na carreira, que tenha te marcado com uma palavra de ação ou atitude para te encorajar?   
Bruna: Muitas mulheres já me inspiraram, me ajudaram a sair do fundo do poço e me incentivaram. Por exemplo, a cantora Priscila Alcântara, que é uma amiga, talvez a de menos tempo na minha vida, mas extremamente sincera, com quem eu me sinto à vontade para dividir cada conquista e próximo passo. E a sororidade também fala sobre isso: “o seu sucesso é o sucesso de todas nós”. Outra situação que passei foi quando a atriz Adriana Esteves me abordou e elogiou o meu trabalho, no momento em que a minha atuação na última novela foi bastante criticada pelo público logo no início. Nós estamos muito expostas e, claro, ouvir aquelas palavras de uma atriz tão talentosa me deu um alívio enorme, um apoio importante e talvez eu nunca tenha dito isso a ela.  
 
Essa ação faz parte da campanha de #SheMovesUs, uma plataforma de comunicação da PUMA, que eleva mulheres que se movem juntas para alcançar seus objetivos por meio do esporte, cultura e de seus próprios valores.

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