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Em homenagem ao instrumentista, arranjador e compositor Letieres Leite, que faleceu nesta quarta (27/10), aos 61 anos, o programa Cena Instrumental reexibe a performance do artista com a Orkestra Rumpilezz neste sábado (30/10). A Rádio MEC leva a produção ao ar às 21h, enquanto a TV Brasil apresenta o tributo às 23h30. O conteúdo também está disponível no aplicativo TV Brasil Play.
Além da performance musical exclusiva gravada no histórico estúdio 3 do canal público, a produção traz uma entrevista do músico baiano para a apresentadora Bia Aparecida. Ele falou sobre a carreira e destacou trabalhos marcantes. Essa edição do programa foi exibida originalmente em 3 de dezembro de 2019 na estreia do Cena Instrumental.
O repertório do espetáculo reúne músicas dos primeiros discos do projeto. Os convidados interpretam obras de personalidades como Dorival Caymmi, Moacir Santos e da banda Black Rio. Letieres Leite e a orquestra escolheram artistas que foram referências para a Orkestra Rumpilezz.
Criada em 2006 por Letieres Leite, ela é composta somente por sopros e percussões. A orquestra carrega sua intenção estética no nome. O título da Rumpilezz é formado pela junção dos três atabaques do candomblé, rum, rumpi e lé com as duas últimas letras da palavra jazz.
"A idealização do projeto começou ainda na década de 1980, porque eu sempre tive essa vontade de unir essas duas paixões minhas: a percussão e a orquestra de sopro", contou Letieres Leite na conversa com Bia Aparecida.
De acordo com o experiente músico, a ideia era apresentar a percussão de matriz africana do universo musical baiano com as harmonias modernas do jazz contemporâneo. Ele explorou essa perspectiva durante o papo.
"A Rumpilezz é o meu cartão de visita para provar que a música negra brasileira pode ser reconhecida como música estruturada e que tem seus rigores", avaliou o experiente maestro que tinha mais de três décadas de carreira.
Letieres Leite trabalhou com personalidades como Ivete Sangalo, Maria Bethânia e Caetano Veloso. Durante o programa da emissora pública, o baiano explicou a influência de sua terra natal em sua produção artística.
"Na música instrumental, eu via pouca coisa do lugar em que nasci, perto do Centro Histórico de Salvador. Já recebia desde novo essas informações rítmicas que eu coloco na minha música hoje", comentou.
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