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Nesta terça-feira (10/8), Marcelo Tas recebe Fernanda Abreu no #Provoca. Na edição, a cantora, compositora e bailarina brasileira conta sobre a proximidade dos seus 60 anos, o processo de luto que viveu com a perda de seus pais, fala sobre o momento político atual e relembra o dia em que o Rio de Janeiro entrou em lockdown e ela estava em uma casa de show para gravar o DVD Amor Geral - a Live. No ar inédito às 22h, na TV Cultura.
Sobre a chegada de seus 60 anos, que serão completos no dia 8 de setembro, Fernanda conta: "Eu adoro dizer que eu tenho, que eu vou fazer 60 anos. Já até digo que eu tenho. Eu adoro, porque, primeiro, acho que desconstrói um pouco esse negócio de que mulher tem que ficar jovem e a juventude é que é legal. Não, o que é legal é você acordar todo dia de manhã abrir a janela e falar: ‘qual é o meu sonho que eu vou realizar agora?’". A cantora ainda comenta que acredita ser muito pior a passagem da infância para adolescência e posteriormente para a vida adulta, onde há a responsabilidade de "segurar a onda de ser adulto e criar filho".
"O luto na minha vida é uma coisa louca", afirma a artista. Passando pela perda materna, relembra a época em que a mãe ficou seis anos em coma: "Ela não está morta e ela não está viva. Como é esse luto? É muito louco". Sobre o falecimento de seu pai, que passou cem dias internado e deixou a vida vítima de câncer, Fernanda diz que era muito ligada a ele e viveu intensamente o período de luto indo até a casa em que ele morava, retirando objetos, documentos e lembranças. "No final fiquei feliz. No final fiquei assim: 'que sorte que eu tenho, sabe? De ter tido esse pai, essa mãe, essa família', eu fiquei bem. Tenho muita saudade, penso muito no meu pai, muito", conta.
Sobre o momento político atual, Fernanda destaca: "Nesse momento atual a gente vive uma situação muito radical no Brasil, né? Que a gente tá aqui buscando de novo a democracia. (...) A gente está em emergência". Comentando que tem muitos amigos que votaram em Jair Bolsonaro apostando as fichas, no começo, em Paulo Guedes, a artista diz: "Não estou entendendo qual que é a do Paulo Guedes. Eu também não "saco" qual é a vida pregressa dele. Mas, eu acho que parece que ele tá governando para poucos, né? Porque, por exemplo, a questão da pandemia, do auxílio emergencial, ele deveria ter sido o primeiro, cara, não esperar o Congresso obrigar o Governo Federal a dar o auxílio emergencial (...)".
Para finalizar, a cantora recorda o dia em que o Rio de Janeiro recebeu o decreto de lockdown e ela estava na casa de show Imperator pronta para iniciar a gravação do DVD Amor Geral - a Live. "Foi inacreditável. (...) Todos contentes. 19h, estou no camarim me maquiando, batem na porta. Era a menina da produção com papel: ‘olha, Fernanda, infelizmente não vai poder haver o show'. Eu falei: 'bom o show tá cancelado, mas a filmagem não'", finaliza.
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