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O terceiro e último episódio da série, "A Sociedade da Intolerância", que vai ao ar nesta quinta-feira (19/08), às 22h30min, trata da homotransfobia. Como é a vida das pessoas LGBTQIA+ no país onde, segundo a Transgender Europe, mais pessoas transsexuais são mortas em todo o mundo?
Nany People é uma das personagens que nos ajudam a construir essa narrativa. A artista conta sobre sua vida e o processo pelo qual passou até se transformar numa figura publicamente conhecida. "Mesmo com toda a minha condição de trans, de depois que me projetei para o mundo artístico, na casa de uma tia minha que faleceu com 92 anos, na mesa de centro dela tinha foto do Papa e da Nanny People! Tenho a sorte de ter tido uma família que realmente me amou, me empoderou, me endossou", relembra Nany.
Outra figura que nos ajuda a entender os preconceitos e a intolerância sofridos pelo público LGBTQIA+ é o apresentador Marcelo Tas, que é pai de Luc, um homem trans. Os dois revelam mais sobre a relação que têm e, também, sobre a nuances da família.
"Olha, na transição de gênero acontece uma adequação daquele corpo a sua identidade. Então no caso do Luc, que é uma transição de um homem, não é, um homem trans (...) aos poucos ele foi procurando a transformação dessas características", relembra Tas.
O preconceito e a intolerância com pessoas LGBTQIA + acontece nas mais variadas circunstâncias da vida. Inclusive, para transsexuais um agravante é a questão de obtenção de emprego. Em 2020, quando a taxa de desemprego no Brasil era de cerca de 14%, de acordo com o IBGE, para LGBTQIA+, o índice estava em 21,6%.
A jornalista Jogê Pinheiro é uma das vítimas dessa exclusão. ''O mundo não está preparado para uma transexual jornalista, para uma transexual professora, uma transexual coreógrafa. Então para mim foi muito doloroso isso, porque eu fui premiadíssima enquanto bailarino, fui premiadíssimo enquanto coreógrafo, eu era disputada nesta cidade… até virar transexual.''
"Discriminar significa tratar uma pessoa de maneira diferente, sem um justo motivo, de maneira arbitrária, por preconceito, ou seja, sem justo motivo em geral", explica Paulo Iotti, presidente da organização dos Advogados Pela Diversidade Sexual.
"O assunto não é trans, o assunto não é gay, o assunto não é sexualidade, o assunto é amor, afeto. A gente... é isso que nos move", finaliza Marcelo Tas.
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