Divulgação Globo/João Cotta |
É amanhã! A estreia da terceira temporada de 'Mestre do Sabor' está chegando e os mestres Kátia Barbosa, Leo Paixão e Rafa Costa e Silva não escondem a ansiedade para a disputa. Mas, afinal, o que é preciso para ser um ‘Mestre do Sabor’? Com direção artística de LP Simonetti e direção geral de Aída Silva, o programa é comandado por Claude Troisgros, com Batista e Monique Alfradique, e vai ao ar a partir desta quinta-feira, dia 6, na Globo, e a partir de sexta-feira, dia 7, no GNT. Ao todo, 18 participantes vão encarar a competição, que tem sete fases. Eles disputam o prêmio de R$ 250 mil, além do título de ‘Mestre do Sabor’. Nas entrevistas abaixo, os mestres Kátia, Leo e Rafa dão dicas, contam sobre suas expectativas e falam sobre o entusiasmo em participar de mais uma temporada. Confira:
Entrevista com os mestres Kátia Barbosa, Leo Paixão e Rafa Costa e Silva
Qual é a expectativa para a terceira temporada de ‘Mestre do Sabor’?
Kátia Barbosa - Eu sempre crio um monte de expectativas. Acho que, nesta temporada, podemos esperar muita comida brasileira, muitas novidades. Os participantes pesquisam ingredientes da culinária do nosso país. Então, acho que vai ser muito legal e vai fazer com que brasileiro conheça um pouco mais do Brasil.
Leo Paixão - Estou feliz! Hoje, a gente se envolve mais com a culinária, com os processos todos. Eu tenho um pouco mais de intimidade com a TV, com as câmeras, fico mais confortável em me soltar um pouco mais. Tento sempre fazer uma piadinha aqui, outra ali, juntar a turma. Ficamos tão envolvidos com o programa que só se fala em cozinha, comida. E, na verdade, o que a gente faz aqui é entretenimento, e este é meu objetivo principal, da melhor forma possível, sempre mostrando a melhor comida possível. E, claro, a gente se diverte muito!
Rafa Costa e Silva - Estou bastante animado. Eu adoro o programa e adorei a experiência do ano passado. Essa será minha segunda temporada como Mestre, e agora eu já conheço bem como funciona o programa, conheço meus colegas e vou com tudo.
Fale um pouco sobre o equilíbrio entre a emoção e a competição, por favor.
Kátia Barbosa - Eu (já) tenho um instinto maternal bem forte. Para mim, é muito fácil. Nas observações que faço aos participantes, eu falo como se estivesse falando com as minhas filhas. Quero o bem deles. O que eu sempre digo é que meu papel nesse trabalho está muito definido: não é ganhar exatamente, mas levá-los até a final. É preciso que, de vez em quando, a gente chame eles para o chão. Para que possam seguir em frente e se organizem. Porque uma bancada desorganizada é a pior coisa que tem para um cozinheiro, fica sempre muito mal visto. Eu estou sempre batendo na mesma tecla: eu quero bancada limpa. Quando está tudo limpo, você se organiza, quando está aquele caos, você não sabe muito bem o que fazer. Eu dou uns puxõezinhos de orelha. É como o puxão de orelha para um filho que deixa armário desorganizado. Mas, no final, fica bem claro isso, porque ao mesmo tempo que a gente dá o puxão de orelha, a gente abraça, dá carinho, dá aquele apoio para o cara seguir em frente com coragem.
Leo Paixão - Gosto de brincar que não é amor, é paixão pela culinária, um trocadilho com meu nome (risos). Cozinho desde criança e, como mineiro, a cozinha é uma coisa que faz parte da minha família. A gente sempre se reunia na cozinha, avô e avó cozinhando, minhas tias e mãe participando, minha bisavó era cozinheira e misturava um pouco da comida italiana na cozinha mineira. Sempre foi um momento muito alegre o de produção da comida. Quando eu era criança, eu morava com meu avô (tinha uns 8 anos quando meus pais se separaram), e ele passava o fim de semana fazendo massa. Eu preparava macarrão com ele e era mágico. A cozinha tem a capacidade de transformar e é muito imediatamente: pega farinha, pega ovo, sai um macarrão, com vários cortes diferentes. O elemento transformador da cozinha se estende para a nossa vida também, ela transforma muito a vida de quem cozinha - profissionalmente, principalmente. A gente vive, respira isso. Falo que cozinha não é uma profissão, é mais uma religião pra gente. Sou muito entusiasmado com a cozinha do ‘Mestre do Sabor’, me divirto muito, principalmente quando estou dentro da cozinha com a minha equipe, solto, com um monte de gente tendo ideias diferentes e eu tentando “arrebanhá-las”, dando as minhas também para poder direcioná-los a algum caminho. Como mentor de uma equipe, tento fazer com que eles compreendam o jogo. É muito diferente o ambiente da competição e a realidade de uma cozinha. Em ‘Mestre do Sabor, a gente sempre trabalha contra o relógio, e muitos processos culinários mais sofisticados precisam de muito tempo. Fico muito entusiasmado com o tanto de coisa legal que tem no programa. Tem muito sentimento, muita emoção, muita história envolvida com a gastronomia brasileira, com a história de vida de cada um. A gente sempre dá uma choradinha, também, com os convidados que vêm apresentar alguma coisa. É sempre muito bonito, muito emocionante, totalmente envolvente. Durante as gravações, isso aqui passa a ser nossa vida, e a gente só respira, só vive e só fala sobre isso enquanto está aqui.
E o que o público pode esperar de você, Kátia, nessa terceira temporada?
Kátia Barbosa - Não consigo ser uma pessoa muito diferente do que eu já sou. O público pode esperar a Kátia de sempre, a mãezona que briga, que vibra. Não é a pessoa mais competitiva do mundo, mas é a pessoa que quer que esses chefs se deem bem. Sou a ‘Katita’ de sempre.
Em uma palavra, como deve ser a postura do time Leo na cozinha?
Leo Paixão - Equilíbrio. Esse é o principal na cozinha – e talvez na vida. É o equilíbrio. Tentar trabalhar com precisão, com controle, mas, ao final, entregar algo equilibrado.
Considerando os anos anteriores, qual o principal desafio para montar o time nessa temporada?
Kátia Barbosa - Eu sempre tenho por base o sabor. Às vezes, você vê um prato e pensa: está tudo errado. ‘A’ não combina com ‘B’, que não combina com ‘C’. Mas, mesmo todos os elementos separados, eram de muito boa qualidade, você entendia que tinha técnica ali. O nosso trabalho aqui, de fato, é de organizar o pensamento. Sabor e técnica são fundamentais. Eu costumo dizer que comida é tesão, é amor que você descobre na primeira garfada. Não precisa de muita coisa. Quando tem isso, quando tem essa verdade, essa personalidade na comida, é a comida que eu gosto, a comida que eu quero ajeitar ali para fazer um trabalho bonito.
Rafa Costa e Silva - Como cozinheiro, estamos sempre buscando a perfeição, mas chegar ao prato perfeito ou ao time perfeito nós sabemos que é impossível, nunca estamos satisfeitos. Mas, para que possamos montar um time muito bom, primeiro temos que lidar com a emoção de cada um. Participar de um programa nacional, em que você dá visibilidade para seu trabalho, realmente é um desafio que mexe com as pessoas. Então, ajudar os participantes a lidar com a emoção e focar no profissional para extrair seu melhor e aperfeiçoar suas técnicas, em tão pouco tempo, com certeza é nosso maior desafio. Eu sempre foco no sabor, nunca na estratégia.
Como é a troca entre os chefs?
Kátia Barbosa - O relacionamento é maravilhoso, o melhor possível. Por incrível que pareça, a gente se ajuda. Estamos ali buscando cada um o melhor para o seu time, mas a gente troca muito. O Claude é aquele paizão, maravilhoso. Batista é pessoa mais doce que alguém pode ter perto. É uma troca muito boa. Nós somos muito amigos, construímos uma amizade. A gente está ali, cada um com sua equipe, mas o que a gente quer de fato é que a gastronomia vença. Eu falo: "Rafa, Leo, o que vocês acham que eu posso fazer?" E a gente troca de boa. É maravilhoso, eu costumo dizer que quem ganha mesmo é comida brasileira, é a cultura da gastronomia.
Leo Paixão - Adoro todos eles. É superlegal. Somos muito diferentes e isso faz com que a coisa se complete muito bem. O Rafa tem um jeitão meio mal-humorado, meio marrento, que é divertido. Ele é uma pessoa com o coração enorme, incrível, que eu adoro. A Katia já é a mãezona de todos nós. E eu sou o cara mais moleque, brincalhão. Sou bem competitivo, gosto de tentar ajudar o máximo possível. A gente acaba se envolvendo com competidores de outros times também.
Rafa Costa e Silva - É ótima. São profissionais incríveis, trocamos bastante, compartilhamos experiências e técnicas. Da Kátia eu sou amigo de anos e fã de carteirinha; adoro ela e o trabalho dela - uma das rainhas da gastronomia brasileira. O Léo, eu o conheci de verdade no programa, um excelente cozinheiro, um dos mais respeitados do nosso país, um privilégio dividir o palco com ele. Ele nasceu para cozinhar e fazer TV.
O que o público pode esperar da terceira temporada de Mestre do Sabor?
Rafa Costa e Silva - O ‘Mestre do Sabor’ é um programa com adrenalina e muita emoção. O público pode esperar muito sabor, técnica, competição e um mix incrível das culinárias. Durante o programa, teremos exemplos de vida e perseverança. Viajamos por lugares incríveis deste Brasil, sem sair do estúdio. A temporada está incrível e emocionante.
Sucesso entre os formatos originais da Globo, ‘Mestre do Sabor’ tem direção artística de LP Simonetti e direção geral de Aída Silva. O programa estreia no dia 6 de maio, e vai ao ar às quintas-feiras, após ‘Império’, na TV Globo. Já no GNT, estreia no dia 7 e será exibido às sextas-feiras, às 21h30.
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