Augusto Heleno diz que governo federal pode considerar ideia de criar cobrança variável de impostos sobre combustíveis

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A ideia de criar uma cobrança variável de impostos sobre combustíveis pode ser considerada pelo governo federal para tentar estabilizar os preços. Foi o que adiantou em primeira mão à Rádio Bandeirantes o general Augusto Heleno, um dos ministros mais próximos de Jair Bolsonaro. Falando ao Jornal Gente, o general disse nesta sexta-feira (19) que é preciso "ter um basta nisso", numa referência à sucessão de aumentos anunciados pela Petrobras. “É incômodo para a República ter essa situação de aumento de combustíveis a cada semana, provocado pelo aumento do petróleo no mundo. A Petrobras é uma empresa com ações no mercado mundial, mas é obvio que tem que ter uma basta nisso. O presidente está preocupado, principalmente com os caminhoneiros. Sabemos o quanto o país sofre se houver greve de caminhoneiros”.

Enquanto discute uma solução definitiva, o governo vai zerar impostos federais sobre o diesel durante dois meses e sobre o gás de cozinha por tempo indeterminado. Em 2011, o Reino Unido criou um estabilizador do imposto sobre combustíveis que impede aumentos no preço final. Funciona assim: quando os combustíveis sobem com a alta do petróleo, o imposto cai e, na conta final, o valor pago pelo consumidor continua o mesmo.

A sugestão para que o Brasil pense nessa alternativa foi apresentada pelo jornalista Cláudio Humberto ao general Augusto Heleno, que gostou da ideia: “Essa sua sugestão é muito boa. A equipe econômica foi instada a buscar uma solução. Uma delas pode ser essa. Está se estudando, e tem dois meses para fazer isso, a busca de estabilização do preço”.

O general também foi questionado se Bolsonaro pensa em demitir o presidente da Petrobras. Roberto Castello Branco teria deixado o presidente da República bastante irritado ao afirmar que "não tem nada a ver com caminheiro". Augusto Heleno respondeu o seguinte quando indagado a respeito do que Bolsonaro quis dizer com o aviso de que "obviamente teria uma consequência". “Não sei. Ele disse genericamente que estava precisando acontecer alguma coisa na Petrobras. Ficou no ar. Isso aí ficou no ar”.

A íntegra da entrevista está disponível no canal da Rádio Bandeirantes no YouTube.

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