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Exatamente no dia em que o escritor pernambucano João Cabral de Melo Neto completaria 101 anos, a TV Brasil celebra o poeta na edição do programa Recordar é TV deste sábado (9), às 20h30.
O tributo revisita a vasta obra do autor de "Morte e Vida Severina" (1955) ao apresentar uma entrevista que o ilustre homenageado concedeu ao jornalista Araken Távora no programa Os Mágicos, da antiga TV Educativa do Rio de Janeiro, em 1977.
Disponível no aplicativo TV Brasil Play, a produção utiliza o rico acervo preservado pela emissora pública. Esse conteúdo raro e exclusivo também pode ser encontrado no site e YouTube do canal.
Durante a conversa, o renomado poeta discorre com maestria sobre temas como o seu processo criativo. João Cabral de Melo Neto resgata passagens do início da carreira e comenta a vida de diplomata fora do país entre outras histórias da sua ampla produção literária.
Trajetória de vida e obra
Natural do Recife, João Cabral de Melo Neto nasceu em 9 de janeiro de 1920. Com respeitada criação artística, o poeta foi reconhecido com láureas como o Prêmio Luís de Camões e o Jabuti. Era cogitado ao Prêmio Nobel de Literatura nos aos 1990, antes do seu falecimento.
Conhecido como o "engenheiro da palavra", ele foi expoente da terceira geração modernista ao lado de personalidades como Clarice Lispector e Guimarães Rosa. O autor se desprendeu da escrita acadêmica e denunciou em versos as injustiças vividas pelos nordestinos.
A poesia era a forma de expressão de João Cabral de Melo Neto, dono de um estilo preciso. Quando bem queria, o escritor juntava ao conteúdo uma rima seca, mas intencionalmente forte.
Como poeta, o autor lembrado pela TV Brasil essa semana não se furtou de sua responsabilidade social ao desenvolver uma literatura crítica, compromissada com o sentimento de tristeza, misturada a uma certa rebeldia.
Considerado uma das principais referências literárias nacionais, ele fez o livro de poema regionalista "Morte e Vida Severina", clássico de sua produção escrita. Conhecido pelo grande pública, o consagrado título foi adaptado para teatro, cinema e televisão.
Diplomata, João Cabral viveu durante muitas décadas fora do Brasil. Por causa da profissão, o escritor passou cerca de 40 anos longe da terra natal em nações como Espanha, Portugal e Senegal, países onde redigiu a maior parte de sua obra literária.
O escritor foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras (ABI) em 15 de agosto de 1968. O poeta foi empossado imortal em 6 de maio de 1969 na cadeira 37. Primo do poeta Manuel Bandeira e do sociólogo Gilberto Freyre, João Cabral de Melo Neto morreu aos 79 anos em outubro de 1999, no Rio de Janeiro.
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