Hamilton Mourão diz que comando do Ministério das Relações Exteriores pode ser trocado depois das eleições no Congresso

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Em entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes nesta quarta-feira (27), o vice-presidente da República Hamilton Mourão afirma que o comando do Ministério das Relações Exteriores pode ser trocado depois das eleições no Congresso.

Com a ressalva de que está fora das discussões a respeito do assunto, disse acreditar que haverá reforma ministerial. “Acho que poderá ocorrer uma reorganização do governo para que seja acomodada a nova composição política que emergir desse processo. Talvez alguns ministros sejam trocados, entre eles, o próprio Ministério das Relações Exteriores”.

Entrevistado pelos jornalistas Claudio Humberto e Pedro Campos, no Jornal Gente, o general admitiu que gostaria de participar mais das decisões de governo. “O presidente poderia me utilizar mais, de modo que a gente pudesse chegar às decisões que fossem as mais adequadas. Tô pronto para auxiliar. Eu gostaria de ter uma participação maior”.

Mourão comentou a possibilidade de impeachment de Jair Bolsonaro. “A minha visão é que no presente momento não estão dadas as condições para o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Há muito ruído, muita gritaria, fruto do desconhecimento sobre a questão das vacinas. A partir do momento que o processo de vacinação avançar, essa gritaria vai diminuir”.

Na entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes, o vice-presidente atribuiu o agravamento da pandemia às campanhas eleitorais em novembro e às festas de fim de ano.

Hamilton Mourão defendeu o uso de máscara e cuidados sanitários para evitar o contágio. “É uma doença que a gente não pode brincar com ela. Temos que buscar em todos os momentos manter as medidas profiláticas, como o uso de máscara e a constante limpeza das mãos”.

Mourão criticou a suspensão da distribuição de mais de 71 mil doses da vacina de Oxford em Manaus. A decisão da Justiça em razão das denúncias de que muita gente furou a fila prejudica quem mais precisa, afirma o general. “Quando você toma atitudes dessa natureza termina por causar mais confusão num processo que não é simples”.

O vice-presidente da República é favorável à manutenção do auxílio emergencial, mas pondera despesas terão que ser cortadas para bancar o benefício. Hamilton Mourão ressaltou que o Brasil vive uma “crise fiscal séria” e advertiu que dívida pública não pode se tornar “ainda mais impagável”.

Na entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes, ele justificou os gastos de R$ 1,8 bilhão do governo federal com alimentação no ano passado. ''É o tipo do assunto que está sofrendo tratamento com desinformação. Está embutida alimentação com as Forças Armadas, órgãos policiais federal, sistema prisional federal e hospitais federais. É um gasto de alimentação geral, de todo o governo. Ah bom, tem R$ 15 milhões com leite condensado! Lógico, tem toda uma gama de entidades que fizeram essa compra. Não significa que o governo centralizadamente fez isso''.

A íntegra da entrevista está disponível no canal da Rádio Bandeirantes no YouTube.

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