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Em homenagem à escritora Rachel de Queiroz (1910-2003), o programa Recordar é TV deste sábado (7), às 21h, na TV Brasil, apresenta registros históricos da saudosa romancista em duas produções preservadas no acervo da TV Educativa do Rio de Janeiro.
O primeiro bloco mostra uma reportagem conduzida pelo jornalista Araken Távora na casa da escritora, em 1978, no programa Os Mágicos. Já a segunda parte do Recordar é TV exibe trechos de uma entrevista feita pela jornalista Hildegard Angel no programa As Pessoas, em 1989.
O conteúdo de arquivo recuperado revela as origens, aspectos da vida pessoal e da carreira da autora cearense. No material selecionado, Rachel de Queiroz fala sobre suas preferências literárias e comenta a amizade com Ariano Suassuna. "Escrever nunca foi uma vocação. Foi uma profissão. Minha paixão mesmo é a vida", disse.
Obras marcantes na literatura nacional
Autora de clássicos como "O Quinze" (1930), "As Três Marias" (1939) e "Memorial de Maria Moura" (1992), Rachel de Queiroz foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL) em 4 de novembro de 1977.
A imortal tem uma produção literária que foi traduzida para diversos idiomas. Alguns de seus livros foram adaptados para outras plataformas como o cinema e a televisão. A série "Memorial de Maria Moura", inspirada em sua obra homônima, foi exibida com sucesso em dezenas de países.
Com uma escrita vigorosa e uma percepção aguda dos acontecimentos cotidianos, a imortal foi uma escritora consagrada. Além de romances, Rachel de Queiroz redigiu peças de teatro e um grande número de crônicas.
Durante cerca de trinta anos, Rachel de Queiroz publicou suas crônicas nas páginas da revista semanal "O Cruzeiro". Com o encerramento do periódico, ela passou a veicular seus textos nos principais jornais do país.
Reconhecimento internacional
Jornalista, cronista, tradutora e contista, Rachel de Queiroz foi agraciada com diversos prêmios durante a trajetória como escritora. Autora de destaque quando o assunto é a ficção social nordestina, ela conquistou diversos prêmios na carreira como o Jabuti de Literatura Infantil com o livro "O menino mágico" (1969). Ela também foi a primeira mulher a ser agraciada 2m 1993 com o Prêmio Camões, maior reconhecimento atribuído a autores em língua portuguesa.
Dentre duas atividades, Rachel de Queiroz traduziu para o português aproximadamente quarenta livros de autores renomados. Nessa seleção, estão personalidades da literatura mundial como Fiódor Dostoiévski, Honoré de Balzac, Agatha Christie e até Júlio Verne.
Em um dos momentos da entrevista para Hildegard Angel na TVE do Rio na década de 1980, a autora admite que dá mais importância à vida pessoal do que à carreira literária. No entanto, declara-se uma escritora disciplinada.
Natural de Fortaleza, Rachel de Queiroz faleceu no Rio de Janeiro aos 92 anos, por causa de problemas cardíacos, em 4 de novembro de 2003, mesmo dia do mês em que foi empossada na ABL, treze dias antes de comemorar mais um aniversário.
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