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É impossível a Argentina não chorar por Maradona. Por mais que os versos da tradicional música de Evita Perón peçam o contrário, a comoção popular desta semana poucas vezes foi vista na história do país. Velório na Casa Rosada, milhões de pessoas nas ruas ignorando por algumas horas a pandemia para se despedir do ídolo. No 'Fantástico' deste domingo, dia 29, o enviado especial a Buenos Aires, André Gallindo, mostra como estão sendo feitas as séries de homenagens a El Pibe de Oro. Um personagem tão forte que é capaz de unir em um abraço torcedores dos arquirrivais Boca Juniors e River Plate.
Maradona nasceu em Villa Fiorito, um bairro pobre do município de Lanús, localizado na província de Buenos Aires. Foi lá que teve o primeiro contato com uma bola de futebol, a amiga que entendia todos os seus rompantes. O repórter Ernesto Paglia traça um perfil deste personagem tão admirado dentro de campo e contestado fora dele. Defendia os seus com a mesma potência com que era capaz de usar a fúria para atacar os inimigos. Explosivo, temperamental e carismático. Não perceber sua presença onde quer que fosse era algo improvável. Colocou Nápoles, até então uma cidade altamente recriminada no Sul da Itália, no mapa do futebol mundial. Descobriu na Europa um lugar com o ambiente semelhante ao que tinha na capital argentina. Foi onde também viveu o momento mais difícil da carreira, o doping por cocaína, que o deixou afastado dos campos por longos 15 meses.
Em agosto de 2005, Maradona virou apresentador de TV. Por 13 noites, até novembro daquele mesmo ano, comandou o programa "La Noche del 10" (A noite do 10), em um canal argentino. Recebeu diversas visitas ilustres. Logo na estreia, o convidado foi Pelé. Passaram por lá também o humorista mexicano Roberto Gómez Bolaños, criador do personagem Chaves; Mike Tyson; Ronaldo Fenômeno e Lionel Messi, entre outros. O repórter Marcos Uchôa conta um pouco dos bastidores e momentos marcantes da atração como, por exemplo, quando ele agradeceu à bola tudo de positivo que ela o proporcionou e revelou que desejava envelhecer ao lado dos netos.
Além da cobertura completa do segundo turno das eleições, o ‘Fantástico’ desde domingo também exibe um musical de Zeca Pagodinho gravado em seu sítio, em Xerém, para celebrar os 25 anos de “Samba pras Moças”, álbum divisor de águas na sua carreira. Também foi em Xerém, onde ele está isolado há cinco meses apenas com a família e os animais de estimação, que ele recebeu a repórter Ana Carolina Raimundi para uma entrevista, na qual revela curiosidades pouco conhecidas da sua rotina. Também conta que andou triste na quarentena e reforça a fé na religião. “Agora que estou melhorando. Eu andei muito triste, porque você fica sem ver as pessoas. Aí morre um, morre outro e você não pode nem ir no enterro. É muito chato. mas eu creio em Deus. Rezo todo dia, sempre”, desabafa. Fala também sobre a esperança em uma vacina e na cura da Covid-19. “Do palco eu tenho saudade. Não tenho saudade de avião, de pegar carro, mas do palco eu tenho. Mas vai passar, vai passar”, torce.
O ‘Fantástico’ vai ao ar na noite de domingo, dia 29, logo após o ‘Domingão do Faustão’.
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