Angélica e equipe contam um pouco sobre as inspirações, quadros e os temas abordados no 'Simples Assim'

Divulgação Globo/João Miguel Júnior

Todo mundo quer ser feliz, o que na maior parte das vezes pode parecer algo impossível. Talvez porque nos esqueçamos de que a felicidade nem sempre está em grandes acontecimentos, mas nas coisas simples e nas pequenas alegrias do dia a dia. É para falar sobre a vida e seus dilemas, em uma conversa descontraída com personagens da vida real, que Angélica volta à TV, a partir de 10 de outubro, em 'Simples Assim', trazendo questionamentos mais necessários do que nunca em tempos de distanciamento social. 
 
A atração propõe uma reflexão sobre algo que nos une como seres humanos: a busca pela felicidade. Um propósito comum a todos e, ao mesmo tempo, único e individual, que cada um percorre a seu modo. Trilhar esse caminho não é simples, e, justamente, chegar à simplicidade, ao estado de espírito que permite encarar a vida com mais leveza, pode custar uma vida inteira.  
 
Com direção-geral de Geninho Simonetti e supervisão de direção de LP Simonetti, ‘Simples Assim’ nos convida a refletir sobre a felicidade através de questões universais, dividindo e contando histórias de pessoas anônimas, através de um olhar empático, bem-humorado e sem julgamentos. A cada episódio, um tema - como felicidade, fé, trabalho, família, solidariedade, diversidade, vaidade e amor - será abordado. E, para cada assunto, diferentes percepções e maneiras de contar essas histórias, que virão das ruas, das casas dos personagens, através de esquetes de humor – que marcam a volta de Angélica como atriz – ou das dinâmicas com convidados que Angélica receberá no palco do programa.  
 
''O conteúdo é muito pertinente e já era muito necessário antes da pandemia. O que estamos vivendo agora só veio jogar mais luz e antecipar sentimentos que o programa despertaria. Antes, as pessoas iam descobrir que precisavam falar desses assuntos. Agora, elas já perceberam e querem”, aposta a apresentadora, que parou de gravar o programa por causa da crise sanitária e retomou os trabalhos, em setembro, nos Estúdios Globo. “A ideia do programa é ser uma companhia para elas e, ao mesmo tempo, propor a reflexão. Espero que cada um que assista se sinta acolhido", completa. 
 
Temas que ‘Simples Assim’ vai iluminar  
 
A cada programa um tema universal é levantado, através de diferentes pontos de vista. ‘Simples Assim’ fala felicidade, sobre família e amor. E ainda aborda diversidade, solidariedade, trabalho e conexão. Mas como escolher, entre tantas questões essenciais, as que seriam importantes destacar na atração? A seleção foi baseada em diferentes estudos, que embasaram os argumentos de cada episódio e indicaram sobre o que os brasileiros gostariam de ouvir e falar. E também o que poderia funcionar como uma válvula de escape para o ritmo frenético da vida moderna. Com os temas em mãos, um grupo, formado pela apresentadora, direção e um time de redatores fez a curadoria dessas histórias e personagens.  
 
Para Marcel Souto Maior e Mariliz Pereira Jorge, redatores finais do programa, ‘Simples Assim’ é feito de histórias da vida real. Em toda temporada, estão previstos cerca de 200 personagens, todos anônimos, que toparam dividir seus sentimentos com a apresentadora e o público. ''Não estamos abrindo fala para especialistas. A gente vai ter o olhar sobre a vida das pessoas reais, como uma senhora de 70 anos e um jovem de 18, que falam sobre o mesmo tema. Não só a teoria. É a força do anônimo”, explica Marcel Souto Maior. “A escolha dos temas foi baseada em pesquisas que apontam os fatores que mais contribuem para a felicidade, como a qualidade das relações com a família, com os amigos e com os colegas de trabalho, além de outros que interferem em nossa autoestima e em nossas conquistas individuais e coletivas. Outro critério foi incorporar assuntos que refletem as mudanças necessárias pelas quais a sociedade passa para que seja mais inclusiva, justa, harmoniosa e, consequentemente, mais feliz'', explica Mariliz Pereira Jorge.  
 
Dados do relatório da Organização Mundial de Saúde mostram que o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas no mundo desde 2017, e mais de 9% da população convivem com esse transtorno. Nos últimos cinco anos, o número de consultas com psiquiatras teve um crescimento de 44,5%. Em outros atendimentos ambulatoriais, o total de sessões com psicólogos aumentou em 93,8%, e consultas com terapeutas ocupacionais tiveram alta de 137,8% (Fonte: Nielsen). Pesquisas que apontam que fomentar a conversa sobre as questões humanas é cada vez mais necessário.  
 
Com o isolamento social, muitos se viram estimulados a pensar sobre felicidade para superar sensações de tristeza e ansiedade. Segundo o Google Trends, entre 16 de fevereiro e 18 de abril, foi registrado um aumento de 100% na busca pela combinação dos termos ‘notícias boas’ e ‘coronavírus’. Histórias de superação em conquistas foram apontadas por 14% das pessoas quando questionadas sobre quais eram as temáticas buscadas para consumo em qualquer tipo de formato. Assim como o termo meditação teve um crescimento ainda maior, de 82%.  
 
''O programa ficou muito mais necessário. Ele tem um propósito com o momento que a gente está vivendo. Eu sempre gostei muito de entender o outro. Até porque eu sempre quis me entender. Mas essa busca constante não é um sentimento só meu. A ansiedade permeia o dia a dia de muita gente. E se fala muito de viver o momento, que fundo de poço tem mola, como é que funciona isso? É justamente essa reflexão que o programa vem fazer: as grandes lições de vida estão por todos os lugares'', destaca Angélica, que diz ainda que o programa se propõe a falar sobre assuntos que podem ser importantes e relevantes para muita gente. Por isso, os temas foram escolhidos em cima de muita pesquisa. 
 
''Em Simples Assim’ sou uma ouvinte, uma aprendiz, dividindo e vivenciando tudo junto com o público. Depois de tanto tempo na televisão, me deu vontade não só de divertir, fazer rir, mas de provocar reflexão, fazer companhia, dar a mão e falar: ‘todo mundo pode passar por isso’. Sem dúvida nenhuma, abordar determinados assuntos, ajuda. Só de você conversar e perceber que tem alguém que vive mais ou menos a mesma questão que você já é uma cura'', analisa Angélica.  
 
Em cada episódio, haverá ainda uma introdução sobre o tema central daquela semana, através de animações lúdicas e divertidas, que dão detalhes, contextualizam e apresentam o estudo que baseia cada assunto. A carioca Bianca Mol, ilustradora de 29 anos, responsável pelas artes que serão apresentadas na atração, comenta com carinho sobre o encontro de sua arte com Angélica e o ‘Simples Assim’. 
 
''Eu chamo de animações artesanais, que eu faço à mão, com lápis e caneta, depois de receber o roteiro, e recorto e edito no computador. Sempre fui fã da Angélica, tive as bonecas dela, e chorei quando recebi esse convite para fazer os desenhos. Assim como o programa, estou sempre procurando trazer mais cor para a vida das pessoas'', explica Bianca. 
 
Dilemas da vida real  
 
Como os caminhos que nos levam à felicidade são vários, e a vida muitas vezes nos pede uma escolha, Angélica surge como uma mediadora no quadro ‘Dilemas da vida real’. Nele, as questões cotidianas, daquelas que a gente precisa resolver em família e entre amigos, serão investigadas, e diferentes possibilidades e caminhos serão apresentados para ajudar os convidados a resolvê-las. “O grande protagonismo é das pessoas que vêm ao programa com seus dilemas, que vão contar as suas histórias. São questões que todos nós em algum momento da vida passamos ou estamos sujeitos a passar. Eu estou ali, como mediadora, para ouvir as diferentes versões para esse dilema e ajudá-las a enxergar as possíveis saídas”, explica Angélica.  
 
Ter ou não ter filhos? Morar no interior ou na capital? Essas são algumas das questões que Angélica vai conduzir, em uma conversa conjunta não apenas com os envolvidos naquela questão, mas também com um time, formado por parentes e amigos. Para provocar ainda mais reflexão, os envolvidos são convidados a trocar de posição e a experimentar a vida na situação proposta pelo outro. Através dessa experiência, a pessoa tem a chance de rever seu ponto de vista. No final do quadro, os personagens decidem o que vão fazer.  
 
''Ouvimos argumentos de familiares cheios de emoção, diversão e reflexão sobre qual caminho seguir sobre um determinado dilema. Nesse momento, Angélica está na posição de ouvinte, mas também se diverte e complementa os argumentos dos personagens com vídeos e situações inusitadas", comenta Geninho Simonetti.  
 
O quadro é gravado dentro dos Estúdios Globo, nos dois cenários fixos do programa. Com a pandemia, o programa se adaptou, e agora Angélica recebe no palco apenas os dois convidados envolvidos no dilema. O time, composto por familiares e amigos, participa e acompanha tudo em tempo real, através de telões utilizados no cenário.  
 
Experimentos sociais  
 
Existe outro quadro no programa que promete provocar uma autorreflexão em quem participa, mas também em quem assiste. No primeiro episódio, convidados diferentes entre si entram, um de cada vez, dentro de uma sala onde são projetadas várias imagens, até que se deparam com uma própria foto e são perguntados sobre que conselhos dariam para si na fase da vida em que aparecem na imagem. A ideia é fazer cair a chamada "quarta parede", aquela que nos isola, e colocar todos na mesma página, diante de histórias de luta, superação e vitória. 
 
''Esses ‘testes de comportamento’ são feitos com pessoas anônimas, sem que saibam exatamente o que vai acontecer. Os envolvidos são submetidos a surpresas e têm suas reações observadas diante de situações criadas justamente para provocar suas emoções e surpreendê-los, seja com uma homenagem ou revelações e reencontros'', explica Marcel Souto Maior, sobre o quadro que nasceu para deixar uma ou várias provocações em quem assiste. 

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