Reprodução |
A operadora multiserviço Oi anunciou nesta sexta-feira, dia 14, que venderá seu serviço da TV por Assinatura. A venda faz parte do aditivo à proposta do Plano de Recuperação Judicial lançado em 16 de junho do mês passado.
A operadora colocou à venda a sua unidade de TV por assinatura via satélite. Segundo a operadora, o ativo deve ser negociado separadamente, sendo que o preço é de R$ 20 milhões pelos clientes, infraestrutura e equipamentos do DTH.
"A operadora quer também que o comprador assuma o compromisso de utilização da capacidade satelital até 2027, além de manter as obrigações para aprestação do SeAC (Serviço de TV paga, que tem várias obrigações regulatórias.
Ainda, o comprador dessa unidade deve compartilhar 50% sobre as receitas líquidas de IPTV prestadas pela TVCo para clientes das recuperandas."
Essa unidade contemplaria toda a infraestrutura para a prestação de serviços de DTH, mediante a transferência dos ativos e passivos (incluindo compromissos de pagamento de contratos adjacentes, como capacidade satelital e contratos de conteúdo) e da base de clientes. A operadora tem hoje cerca de 1,48 milhão de clientes em TV paga, quase todos com a tecnologia DTH, o que daria pouco mais de R$ 13 por assinante, mais os compromissos futuros, entre os quais o contrato com a SES para utilização da capacidade do SES-6, contrato este que vai até 2027, considerando as informações veiculadas quando o satélite foi lançado. A receita com TV paga da Oi no segundo trimestre foi de R$ 370 milhões.
A ideia é seguir com a estratégia de desinvestimento do negócio baseado no DTH, ao mesmo tempo em que possibilita "participação importante na geração de receitas de conteúdo" a partir da prestação do serviço pela fibra, isto é, pelo IPTV.
- O procedimento da alienação da TVCo segue o padrão das demais unidades, prevendo a venda de 100% das ações. Como obrigação, há:
- o pagamento de parcela única em dinheiro de no mínimo R$ 20 milhões;
- a assunção dos compromissos de pagamento associados à operação da TV paga, em particular com a utilização de capacidade satelital;
- a obrigação de compartilhar com a Oi e/ou coligadas 50% da receita líquida do serviço a ser oferecido por meio do IPTV, conforme termos e condições do edital.
Vale ressaltar que a Oi coloca apenas a separação da TVCo como "possibilidade". Assim, é provável que essa unidade só seja colocada à venda se aparecerem interessados durante um processo de avaliação de mercado (market sounding).
Outras alteração feita pela operadora foi no valor de venda da sua unidade de fibra. Segunda ela, essa reavaliação devido "à ampla demanda pelo ativo na fase preliminar do processo''. Segundo a Oi haverá a disputa concorrencial pelo controle da empresa, ou seja pelos 51% das ações ON.
Uma guinada significativa nesse aditivo é a reavaliação dos ativos de sua rede fixa de banda larga, a unidade UPI. Fica mantida a proposta de venda entre 25,5% a 51% do valor econômico da empresa. Mas o preço mínimo, antes calculado em R$ 6,5 bilhões saltou para R$ 20 bilhões.