Caio Horowicz fala sobre seu papel na série 'HEBE'

Divulgação Globo/Fábio Rocha
Uma das principais funções que Hebe desempenhou durante a vida foi a maternidade. Seja em seus programas de televisão ou nas entrevistas que concedia, ela sempre fazia questão de destacar a adoração que tinha pelo filho, Marcello. No quarto episódio da série ‘Hebe’, que vai ao ar nesta quinta-feira, o público vai poder conferir mais alguns momentos da cumplicidade entre mãe e filho. O ator Caio Horowicz conta na entrevista abaixo quais referências já tinha da apresentadora, como foi participar do projeto, e comenta ainda sobre seu personagem: “O Marcello tem uma história fascinante. Desde pequeno, ele viu a mãe sendo uma estrela nacional. Ele tinha referência de ver a Hebe na TV. Imagino o que é você crescer vendo a sua mãe na TV, sendo reconhecida na rua diariamente. Se por um lado era muito significativo e importante para ele, por outro devia ser muito difícil”, opina.

Como foi participar da série no papel do filho da Hebe, Marcello, uma das grandes paixões da vida dela?
Foi fantástico estar ao lado de um equipe tão especial, sob o comando do Maurício (Farias) que é um diretor sensacional, cuidadoso e muito aberto a escutar o que a gente pensa em relação ao personagem. Eu estive em várias leituras de roteiro antes de a gente começar a filmar, com a Andrea Beltrão, com o Maurício e com a Carolina Kotscho. Ele abriu um espaço para podermos contar essa história juntos. Isso foi muito significativo, foi uma experiência incrível.  Ao mesmo tempo, é uma responsabilidade muito grande de fazer uma figura que existe. E o Marcello tem uma história fascinante. Desde pequeno, ele viu a mãe sendo uma estrela nacional. Ele tinha referência de ver a Hebe na TV. Imagino o que é você crescer vendo a sua mãe na TV, sendo reconhecida na rua diariamente. Para mim sempre foi interessante pensar nessa figura que amava a mãe e idolatrava, mas que ao mesmo tempo sentia falta de ter mais a mãe em casa.

Como foi contracenar com Andrea Beltrão e Marco Ricca?
Eu já tinha trabalhado com a Andrea e com o Marco num filme que a gente fez, mas foi um trabalho mais curto. Na série, nos aproximamos de verdade. Foi incrível estar perto de dois grandes atores do audiovisual brasileiro. Quando a Andrea entrava no set, a gente via a Hebe, ela tinha a energia dela. Foi uma aula de atuação que vou levar comigo para sempre. É um papel muito difícil e ela foi brilhante, além de ter sido uma parceira de trabalho incrível.

Você já conhecia a história de Hebe?
Eu conhecia a figura Hebe Camargo, mas não sabia a história dela. Eu não sabia a proporção e dimensão que tinha sido essa mulher. Eu sabia que ela tinha sido muito importante para uma certa geração e que durante anos ela foi uma figura de referência na TV, mas não sabia que ela era uma figura pública com tanta opinião e que tinha tanto posicionamento político. A partir desse trabalho, entendi de fato quem foi a Hebe, uma figura contraditória que defendia valores progressistas, mas por outro lado apoiava figuras conservadoras, e era conservadora dentro de casa. Essa contradição me interessou bastante.

Se você pudesse escolher uma lição que todo mundo deveria aprender com Hebe, qual seria?
O que mais me impressiona na Hebe Camargo, e eu acho que Andrea trouxe isso de uma maneira genial é essa capacidade de olhar sempre para o copo meio cheio. Isso, para mim, foi uma lição. Pode parecer clichê e até romântico, mas não é. É algo muito concreto olhar para o copo meio cheio e não meio vazio. Eu acho que ela fazia isso, de fato. Aprendi bastante.

Para você, qual a importância de contar a história de Hebe Camargo na TV aberta?
A minha geração, que tem menos de 30 anos, viu muito pouco a Hebe na TV, e com a série tem a oportunidade de conhecer mais dessa figura que teve um espaço tão significativo na televisão brasileira. Ela foi uma mulher à frente do seu tempo em muitos sentidos, uma mulher que teve uma história de luta e de sofrimento, mas que conquistou muitas coisas, sempre com alegria e respeito pelo público. Isso para mim é a beleza da história dela.

Quarto episódio de ‘Hebe’
No episódio desta quinta, dia 20, Hebe (Valentina Herszage) faz seu primeiro teste para a televisão, mas é reprovada com o argumento de que não tinha a imagem que a televisão precisava. O destino, porém, discordava. Pouco tempo depois, ela foi chamada para substituir Roberto Corte Real no programa “Musical Manon”, a pedido do próprio Roberto. Não demorou muito para que Hebe ganhasse seu próprio programa.

'Hebe' vai ao ar às quintas-feiras, após 'Fina Estampa'. Original Globoplay, desenvolvida pelos Estúdios Globo, a série é criada e escrita por Carolina Kotscho, tem direção artística de Maurício Farias e direção de Maria Clara Abreu.

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