Divulgação Globo/Fábio Rocha |
Como foi participar da série no papel do filho da Hebe, Marcello, uma das grandes paixões da vida dela?
Foi fantástico estar ao lado de um equipe tão especial, sob o comando do Maurício (Farias) que é um diretor sensacional, cuidadoso e muito aberto a escutar o que a gente pensa em relação ao personagem. Eu estive em várias leituras de roteiro antes de a gente começar a filmar, com a Andrea Beltrão, com o Maurício e com a Carolina Kotscho. Ele abriu um espaço para podermos contar essa história juntos. Isso foi muito significativo, foi uma experiência incrível. Ao mesmo tempo, é uma responsabilidade muito grande de fazer uma figura que existe. E o Marcello tem uma história fascinante. Desde pequeno, ele viu a mãe sendo uma estrela nacional. Ele tinha referência de ver a Hebe na TV. Imagino o que é você crescer vendo a sua mãe na TV, sendo reconhecida na rua diariamente. Para mim sempre foi interessante pensar nessa figura que amava a mãe e idolatrava, mas que ao mesmo tempo sentia falta de ter mais a mãe em casa.
Como foi contracenar com Andrea Beltrão e Marco Ricca?
Eu já tinha trabalhado com a Andrea e com o Marco num filme que a gente fez, mas foi um trabalho mais curto. Na série, nos aproximamos de verdade. Foi incrível estar perto de dois grandes atores do audiovisual brasileiro. Quando a Andrea entrava no set, a gente via a Hebe, ela tinha a energia dela. Foi uma aula de atuação que vou levar comigo para sempre. É um papel muito difícil e ela foi brilhante, além de ter sido uma parceira de trabalho incrível.
Você já conhecia a história de Hebe?
Eu conhecia a figura Hebe Camargo, mas não sabia a história dela. Eu não sabia a proporção e dimensão que tinha sido essa mulher. Eu sabia que ela tinha sido muito importante para uma certa geração e que durante anos ela foi uma figura de referência na TV, mas não sabia que ela era uma figura pública com tanta opinião e que tinha tanto posicionamento político. A partir desse trabalho, entendi de fato quem foi a Hebe, uma figura contraditória que defendia valores progressistas, mas por outro lado apoiava figuras conservadoras, e era conservadora dentro de casa. Essa contradição me interessou bastante.
Se você pudesse escolher uma lição que todo mundo deveria aprender com Hebe, qual seria?
O que mais me impressiona na Hebe Camargo, e eu acho que Andrea trouxe isso de uma maneira genial é essa capacidade de olhar sempre para o copo meio cheio. Isso, para mim, foi uma lição. Pode parecer clichê e até romântico, mas não é. É algo muito concreto olhar para o copo meio cheio e não meio vazio. Eu acho que ela fazia isso, de fato. Aprendi bastante.
Para você, qual a importância de contar a história de Hebe Camargo na TV aberta?
A minha geração, que tem menos de 30 anos, viu muito pouco a Hebe na TV, e com a série tem a oportunidade de conhecer mais dessa figura que teve um espaço tão significativo na televisão brasileira. Ela foi uma mulher à frente do seu tempo em muitos sentidos, uma mulher que teve uma história de luta e de sofrimento, mas que conquistou muitas coisas, sempre com alegria e respeito pelo público. Isso para mim é a beleza da história dela.
Quarto episódio de ‘Hebe’
No episódio desta quinta, dia 20, Hebe (Valentina Herszage) faz seu primeiro teste para a televisão, mas é reprovada com o argumento de que não tinha a imagem que a televisão precisava. O destino, porém, discordava. Pouco tempo depois, ela foi chamada para substituir Roberto Corte Real no programa “Musical Manon”, a pedido do próprio Roberto. Não demorou muito para que Hebe ganhasse seu próprio programa.
'Hebe' vai ao ar às quintas-feiras, após 'Fina Estampa'. Original Globoplay, desenvolvida pelos Estúdios Globo, a série é criada e escrita por Carolina Kotscho, tem direção artística de Maurício Farias e direção de Maria Clara Abreu.
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