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Gustavo Kuerten construiu uma carreira sedimentada na sensibilidade para ler os cenários e achar saídas pouco prováveis dentro da quadras. Suas principais conquistas foram marcadas por campanhas repletas de reviravoltas. Quando a derrota parecia certa, ele criava uma jogada capaz de abalar a confiança do adversário. Tinha uma inspiração para isso. Um ídolo que o marcou exatamente pela característica de fazer o que parecia impossível: Ayrton Senna. Em comum entre eles, os domingos de alegria que proporcionaram aos brasileiros, levantando troféus por vários cantos do mundo. Curiosamente, essas duas lendas ficaram a uma volta ou a um ponto de se conhecerem. O acidente na curva Tamburello que levou o tricampeão mundial de Fórmula 1 em maio de 1994 impediu um encontro agendado para dois dias depois. Guga, então com 18 anos, viu a ansiedade e a euforia se transformarem em tristeza. Essa história é tema de uma reportagem especial que o 'Esporte Espetacular' exibe neste domingo, dia 26.
Em entrevista à repórter Carol Barcellos, Guga recorda emocionado o golpe que o destino aprontou. Na semana do acidente de Senna, ele embarcou para Portugal, onde disputaria um torneio do circuito profissional de tênis. O tricampeão mundial morava em Sintra, bem próximo à capital Lisboa, e os dois tinham um encontro marcado para terça-feira, dia 3 de maio. "Saímos do Brasil já esperando esse encontro. O campeonato era o pano de fundo. O que nós queríamos mesmo era conhecer o Ayrton", lembra o tricampeão de Roland Garros, que acabou vencendo o torneio satélite em Portugal logo depois. "O tamanho que o Ayrton teve para o mundo inteiro vai além das conquistas, do jeito de pilotar. Tem uma nobreza". O técnico Larri Passos lembra da expectativa pelo encontro: "Lembro que o Guga falou: 'Não acredito que vamos nos encontrar!'. Foi aquela emoção. Era o sonho dele, e meu também, conhecer o Ayrton, pegar aquela energia dele".
Esta não será a única lembrança de Ayrton Senna no ‘Esporte Espetacular’. Reportagem da correspondente Mariana Becker relembra a época de ouro das duas últimas equipes do tricampeão na Fórmula 1. Entre as décadas de 1980 e 1990, Williams e McLaren dominavam a categoria. Ambas encontram-se em dificuldades financeiras, situação que se agravou com a pandemia de coronavírus. Atualmente, ocupam a parte intermediária do grid, em busca de retomar os tempos vitoriosos.
Um dos exemplos para Williams e McLaren pode ser a liga norte-americana de basquete, que recomeça na quinta-feira, dia 30. No terceiro e último episódio da série “NBA – A Evolução”, o repórter Guilherme Roseguini mostra como a competição saiu de um estado financeiro crítico, na década de 1970, com ginásios vazios e jogadores sem credibilidade, e refez sua imagem, passando a ter valor de mercado estimado em 5 bilhões de dólares. O programa também conta a história de Maya Moore, bicampeã olímpica e quatro vezes campeã da WNBA, que virou um dos símbolos da luta contra o racismo nos Estados Unidos. Ela deixou o basquete para se dedicar à reforma do sistema prisional dos Estados Unidos e trabalhou ativamente na libertação de um homem que cumpria o 23º ano de uma pena de 50 por assalto à mão armada, mesmo sem provas que garantissem seu envolvimento no crime.
O ‘Esporte Espetacular’ deste domingo, dia 26, começa logo após o ‘Auto Esporte’.
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