Reginaldo Faria relembra sua participação em 'Totalmente Demais' como o pai de Arthur

O bon vivant Maurice a casa torna
Divulgação Globo/Caiuá Franco
A volta de Maurice, vivido por Reginaldo Faria, vai surpreender Arthur (Fábio Assunção) e Stelinha (Glória Menezes) em ‘Totalmente Demais’. Ele chega na casa do empresário sem avisar e com novidades. O bon vivant diz ao filho que precisa de sua ajuda, já que perdeu todos os seus bens no cassino. Apesar da situação, Maurice também chega para abrir os olhos do filho em relação a Eliza (Marina Ruy Barbosa). Ele é o primeiro a perceber que Arthur está apaixonado por ela e o aconselha a fazer logo algo a respeito. 
De sua casa, onde cumpre a quarentena à risca, Reginaldo Faria relembrou o personagem, o clima das gravações e refletiu sobre o momento atual. 
Totalmente Demais’ é criada e escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, com direção-geral de Luiz Henrique Rios e direção de Marcus Figueiredo, Noa Bressane, Luis Felipe Sá, Thiago Teitelroit.
Quais as lembranças vêm à mente quando pensa em ‘Totalmente Demais’?
As novelas que a gente grava, muita coisa a gente esquece, mas o que guarda mesmo são as boas emoções. E tenho deliciosas lembranças de trabalhar com o Fábio Assunção e Glória Menezes. Eu já tinha sido pai do Fabinho em ‘Vamp’ e com a Glória contracenei várias vezes, como em ‘Pai Herói’ (1979), ‘A Próxima Vítima’ (1995), ‘Porto dos Milagres’ (2001) e ‘Louco Por Elas’ (2012/2013). Então fazer uma novela em que posso rever grandes amigos é a emoção melhor que eu tenho.
E qual o perfil do Maurice?
É um bom vivant que dava um trabalho danado para o filho e tinha uma implicância com a Stelinha, personagem da Glória. Fizemos no ar um tipo de comédia que eu gosto muito de fazer. 
Como tem sido a quarentena?
Eu estou em casa o tempo inteiro, não saio para nada. De manhã, faço esteira, exercícios respiratórios e alongamento. De tarde, estudo, leio, escrevo. Não dá para a gente ficar parado, senão enlouquece. Escrever foi uma descoberta que fiz depois que tive um problema no coração (em 2004). Faço isso hoje ainda mais. Escrevo roteiros para cinema, peças, também alguma coisa sobre a minha vida artística e sobre a minha própria história. E aí, acabo escrevendo coisas que a memória não lembrava mais. É um processo interessante. 
Que sentimentos o isolamento tem despertado em você?
Antigamente, achava que o tempo deveria passar mais demoradamente para que eu pudesse viver mais. E agora com o coronavírus, desejo que o tempo passe ainda mais rápido. Imagino que muita gente esteja assim, querendo que isso tudo acabe logo. Mas não consigo escrever sobre o que estamos vivendo, porque é tudo muito forte. Tenho que passar por esse período para depois conseguir escrever sobre ele. Não somente pelo fato de ter um vírus nos ameaçando, mas também porque existe um contexto muito agressivo ao nosso redor. Fico muito revoltado quando começo a pensar no quadro político e social em que a gente vive hoje. Parece que a humanidade está se perdendo. Espero que o ser humano tenha a possibilidade de dar a volta por cima de tudo isso. Evidentemente que o futuro trará uma nova perspectiva de vida, mas são sabemos ainda qual será.  
Tem visto seus filhos e netos?
A gente fala por vídeo chamada ou quando eles vêm aqui, fico da janela ou da porta de casa e os meus filhos e os meus netinhos, dentro do carro. Assim que a gente está matando as saudades. 

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