Guida Vianna exercita sua veia cômica em 'Totalmente Demais' e 'Fina Estampa'

Divulgação Globo
Guida Vianna fez do teatro sua casa, mas faz aparições pontuais na TV e a quarentena é uma daquelas temporadas em que se tem a sorte de tê-la ‘em cartaz’ em duas produções. Em ‘Totalmente Demais’, vive Aparecida, a empregada doméstica de Arthur (Fábio Assunção), que, na prática, o ajuda a criar Jojô (Giovanna Rispoli), além de ser amiga e confidente de Rosângela (Malu Galli). Em ‘Fina Estampa’, vive a Isolina, uma solteirona, amiga de Griselda (Lilia Cabral), Vilma (Arlete Salles) e Celeste (Dira Paes). “A gente fica feliz com a possibilidade, do ponto de vista artístico, de rever nossos trabalhos com outros olhos. Quando se está fazendo, é tudo muito corrido”, explica a atriz que, na entrevista abaixo, relembra as duas produções e fala sobre sua rotina na quarentena.
 
Totalmente Demais’ é criada e escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, com direção-geral de Luiz Henrique Rios e direção de Marcus Figueiredo, Noa Bressane, Luis Felipe Sá, Thiago Teitelroi. E 'Fina Estampa’ é uma obra de Aguinaldo Silva, com direção geral e de núcleo de Wolf Maya e direção de Ary Coslov, Claudio Boeckel, Marcelo Travesso, Marco Rodrigo e Marcus Figueiredo.
 
Como é estar no ar em duas produções na quarentena?
Eu, que não faço TV frequentemente, de repente tenho essa felicidade de as pessoas me verem em dois trabalhos completamente diferentes. A gente fica feliz com a possibilidade, do ponto de vista artístico, de rever nossos trabalhos com outros olhos. Quando se está fazendo, é tudo muito corrido. Assim é possível analisar tudo de forma mais crítica. Mas, do ponto de vista financeiro, também sou muito grata, nós, da cultura, estamos parados.
 
Quais recordações tem de ‘Totalmente Demais’?
‘Totalmente Demais’ foi uma novela tão feliz, gostei tanto de fazer, só tenho lembranças boas. Eu trabalhava em dois núcleos, o da casa do Arthur (Fábio Assunção) e o de Curicica, e o elenco era adorável. Eu adorava meu patrão e quando você faz empregada é muito bom gostar do patrão (risos). A Aparecida é uma empregada intrujona, palpita muito na vida dele, e ainda exercia um papel materno de cuidar da filha do Arthur, vivida pela Giovanna Rispoli, que era uma graça de menina e depois da Eliza (Marina Ruy Barbosa). Depois entraram a Gloria Menezes e o Reginaldo Faria, com quem fiz cenas e de alta comédia, em que um diz, o outro contradiz e o terceiro intermedia, que foram um prazer. No outro núcleo, de Curicica, tinha Malu Galli, Aline Fanju, Ailton Graça e Patricia Costa. Também adorava o texto e a direção.
 
E de ‘Fina Estampa’, quais são as maiores lembranças?
Eu fazia a Isolina, que morava no prédio da personagem da Arlete Salles. Elas são amigas da Griselda (Lilia Cabral), e tem uma fase, em que começa a paquerar o Guaracy (Paulo Rocha). Então é aquela mulher de meia-idade que não sai da padaria, porque vive encantada com aquele padeiro português de olhos azuis. Era uma comédia. Meus colegas de elenco eram ótimos, Lilia, Arlete, Tania Khallil e Paulo.
 
Como tem sido sua rotina na quarentena?
Tenho 65 anos, sou grupo de risco, asmática, então estou em casa total. Só saio uma vez por semana de máscara, óculos, touca no cabelo e capa de chuva para ir ao supermercado e à farmácia. De manhã, faço faxina, faço tudo da casa até umas 14h, de tarde, leio e vejo muitas séries. Vi ‘Todas as Mulheres do Mundo’ inteira e me deu me deu uma saudade tão grande do Domingos de Oliveira. Também tenho lido muita coisa para ver se eu penso em alguma coisa para encenar em 2021.
 
Como você vê o cenário cultural no contexto atual?
Logo que começou a pandemia, fui a primeira a falar nos grupos de WhatsApp do teatro: ‘Prestem atenção, vamos demorar muito a voltar’. Teatro é aglomeração, não tem como fazer isolamento, distância, tanto do ponto de vista da plateia, como quanto do palco, a menos que só faça monólogo. Essa pandemia atinge muito quem faz teatro, que tem muitos atores sem vínculo com a TV, sem salário fixo. Então é uma grande aflição saber como vai ser a volta. Eu acho que, para o teatro, não há a menor possibilidade de volta neste ano. Acho que só em 2021, e depois do verão. O que pode acontecer são alguns grupos de teatro de rua, populares, começarem a voltar no final do ano. E com máscara mesmo, e, na plateia, a gente vai usar máscara até final de 2021.

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