Divulgação Globo/João Cotta |
A pernambucana Pally Siqueira, de 27 anos, não esperava rever tão cedo a novela que a projetou na tevê. Em ‘Totalmente Demais’ ela é a popular Bárbara e mantém um namoro sério com Wesley (Juan Paiva), mas os planos de seguir com o relacionamento ficam para trás quando o rapaz sofre um acidente. O filho de Rosângela (Malu Valle) vê seu sonho de ser atleta profissional ficar cada vez mais distante assim como o namoro com Bárbara.
A atriz, que passa a quarentena em sua casa no Rio de Janeiro, aproveita o tempo para acompanhar a novela e para se redescobrir. Além de cursos, meditação e vídeo chamada com os amigos, Pally também dedica-se a uma de suas maiores paixões: a pintura. Artista profissional, ela se debruça atualmente sobre uma série de autorretratos feitos com óleo e tinta acrílica e torce por dias melhores. Nos próximos capítulos de ‘Totalmente Demais’, Bárbara fará de tudo para atrapalhar os planos de Janaína (Valentina Bandeira) , que tentará se aproximar de Wesley.
‘Totalmente Demais’ é criada e escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, com direção-geral de Luiz Henrique Rios e direção de Marcus Figueiredo, Noa Bressane, Luis Felipe Sá, Thiago Teitelroi.
Entrevista com Pally Siqueira
Qual foi a sua reação ao ver que a novela voltaria à grade no cenário atual? Como é reviver aqueles momentos?
Eu fiquei muito feliz quando soube. É uma obra muito boa, divertida, bem escrita. Revê-la está sendo uma delícia. A história é leve e a trama bastante atual.
O que significou ‘Totalmente Demais’ na sua carreira? Como a encaixa em seu hall de bons trabalhos?
‘Totalmente Demais’ foi minha primeira novela. Está no meu coração em um lugar de destaque. (risos). Minha estreia em novelas. Lá eu aprendi muita coisa, principalmente na parte técnica como posicionamento de câmera, ritmo de gravação, como funciona o dia a dia de uma novela em gravação, e etc. Também fiz amizades que levo comigo até hoje.Tive o privilégio de trabalhar com grandes profissionais e sou muito grata por todo o carinho da equipe.
Como você define sua personagem?
A Bárbara, uma das melhores amigas da Jennifer (Lellê). Ela começa com o relacionamento com o Wesley (Juan Paiva) no mesmo período em que ele começa a se destacar no esporte, mas as coisas mudam quando o namorado fica paraplégico após um acidente.
Tem alguma lembrança marcante ou divertida da época?
Os saraus que a Beta (Maria Roberta Perez, uma das preparadoras de elenco da novela) organizava. Havia muitos atores músicos no elenco e era uma delícia quando todos se reuniam para fazer um som ou declamar poesias.
Como está sendo a sua rotina em tempos de quarentena?
Estou no Rio de Janeiro, cumprindo a quarentena em casa. Tenho mantido a cabeça firme, procuro me exercitar, pegar um sol, me alimentar bem, não me cobro muito, mas procuro sempre estar em movimento. Também falo com amigos por vídeo chamada, toco uma música e pinto meus quadros. Comecei a desenvolver uma série de autorretratos, algo que era muito desafiador para mim porque eu nunca me reconhecia nos desenhos que fazia de mim mesma e agora me parece confortável. Estou me redescobrindo... talvez por ser a pessoa que mais tenho convivido nos últimos meses, por estar me enfrentando, me aceitando. Tem sido bom e essas coisas me ajudam a controlar a ansiedade. As vezes a gente só quer que tudo isso acabe logo, mas precisamos viver dia após dia.
Quando você começou a pintar? Já fez exposições?
Pinto profissionalmente desde 2014. Fiz a minha primeira em 2018. Quando a Malhação ainda estava no ar. Foi na Gávea, no Rio de Janeiro. Eu comecei com aquarela. Mas hoje em dia pinto com óleo e tinta acrílica. A aquarela ficou mais para estudos e coisas pessoais.
Há algo que redescobriu nos tempos de quarentena ou novos hábitos e/ou habilidades adquiridas neste período?
Estou estudando animação. Foi algo bem legal que aconteceu porque sempre tive interesse em animação. Adoro filmes e séries de animação. Acredito que por ser pintora isso me despertou um interesse ainda maior. Então tem sido bem desafiador, porque eu sempre tive muita dificuldade com tecnologias. Tudo o que é digital quebra na minha mão. Sério! Eu não tenho uma câmera digital por exemplo... Mas tenho umas analógicas e amo fotografar. Até pouco tempo eu não sentia falta de um computador e usava a minha máquina de escrever para suprir alguma necessidade ou algo que precisasse ser digitado. Só usava o computador para ver séries e filmes. Porém agora estou descobrindo um novo mundo. São novas ferramentas para fazer arte. O mais difícil é entender o programa, saber seus atalhos e possibilidades. Quando você atinge esse passo, o resto é diversão e criatividade. Isso serve também para a pintura “analógica”. Da mesma forma quando há o conhecimento dos materiais usados e como eles funcionam e reagem, o resto é arte.
Quais são os seus planos pós pandemia?
Eu quero muito voltar a atuar o mais breve possível. Estou com muitas saudades do set de gravação, de filmagem. Mas tenho procurado viver o presente. Estou muito ansiosa com o futuro porque parece que ele sumiu de uma hora pra outra. Então procuro focar no hoje o máximo que eu posso. Mas o que eu torço e o que eu quero logo é um abraço bem apertado dos meus amigos.
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