Divulgação Globo/Renato Rocha Miranda
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A exibição da edição especial de ‘Totalmente Demais’ tem provocado sentimentos de nostalgia em Sergio Malheiros. O ator de 27 anos começou a atuar ainda na infância, mas teve na novela assinada por Rosane Svartman e Paulo Halm a oportunidade de viver pela primeira vez um vilão na tevê.
Jacaré é como diz o ditado popular “osso duro de roer”. Típico malandro criado nas ruas, também é líder de um grupo de infratores. Sem escrúpulos, ele costuma perseguir Jonatas (Felipe Simas) e tem fixação em prejudicar Eliza (Marina Ruy Barbosa). “O público sempre me acolheu com muito ternura em função dos personagens nas novelas. O desafio na composição do Jacaré era tentar suprimir essa imagem e dar espaço a uma nova ‘persona’”, lembra ele, que até hoje também é lembrado por Raí, seu personagem em ‘Da Cor do Pecado’, exibida em 2004. Nos próximos capítulos, Jacaré segue com as armações e fará mais vítimas.
‘Totalmente Demais’ é criada e escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, com direção-geral de Luiz Henrique Rios e direção de Marcus Figueiredo, Noa Bressane, Luis Felipe Sá, Thiago Teitelroi.
Entrevista Sergio Malheiros
Qual foi a sua reação ao ver que a novela voltaria à grade no cenário atual? Como está sendo reviver aqueles momentos?
Achei que foi uma solução muito inteligente da Globo para continuar levando entretenimento para nossas casas. Além dos problemas físicos e econômicos, o isolamento também mexe muito com a nossa cabeça. É importante se desligar das notícias por algumas horas. Fiquei especialmente feliz em saber que 'Totalmente Demais' seria uma das obras reapresentadas. Foi uma novela de muito sucesso, até hoje as pessoas ainda falam comigo sobre o Jacaré.
O que significou ‘Totalmente Demais’ em sua carreira? Como a encaixa em seu hall de bons trabalhos?
O Jacaré foi meu primeiro vilão e foi uma experiência muito legal. Eu fiz muitos trabalhos na Tv, desde que criança, e as pessoas me viam com muito ternura. O desafio era tentar suprimir essa imagem e dar espaço a uma nova persona.
O que mais chama a sua atenção no perfil e no modo de ser do Jacaré?
A relação do Jacaré com o Jonas já existe antes do primeiro capítulo. Ele é um malandro carioca que vive de acharcar os comerciantes informais do centro como Jonas. Quando a Elisa entra na história, Jacaré acaba cismando com a menina. O mais legal dessa novela é a inteligência do roteiro, que tem uma verticalização no caráter de todos os personagens. E com o Jacaré não é diferente. Os autores mostram como ele chegou a ser quem ele é, num final surpreendente. Estou bem ansioso para acompanhar essa narrativa mais uma vez.
Tem alguma lembrança marcante ou divertida daquela época?
Nós filmamos durante um mês inteiro de noite no centro do Rio. As gravações começavam as 22h (hora que o centro começa a esvaziar) e terminavam às 6h. Mas eu chegava em casa tão agitado que só conseguia pegar no sono quando já estava pela manhã. Foram quatro semanas trocando o dia pela noite.
Como está sendo a sua rotina em tempos de quarentena? Estava com algum projeto antes da pandemia?
Eu estava me preparando desde janeiro para começar a rodar um filme em março. Mas em razão da pandemia as filmagens foram adiadas. Ainda não consegui estabelecer uma rotina de produção e estudo em casa, mas estou tentando. Tenho ficado muito ansioso, pendurado na GloboNews o dia todo. Mas Sophia (Abrahão) está me ajudando aqui com a meditação e me desligando um pouco do noticiário diário.
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