Programa Especial entrevista nadadores paralímpicos de alto rendimento neste sábado na TV Brasil

Divulgação TV Brasil
O nono episódio inédito da nova temporada do Programa Especial é dedicado à natação paralímpica. A atração deste sábado (16), às 9h30, na TV Brasil, recebe atletas de alto rendimento com baixa visão que se destacam com títulos na modalidade e têm muitas chances nas Paralimpíadas de Tóquio. O conteúdo também está no aplicativo EBC Play.

A repórter Fernanda Honorato entrevista Maria Carolina Santiago, nadadora que tem baixa visão e o seu treinador Leonardo Tomasello. A equipe da produção ainda conversa com Douglas Matera, nadador paralímpico, que também tem deficiência visual e foi campeão no Parapan de Lima, em 2019, e Cynthia Boenne, uma das técnicas dele.

Maria Carolina Santiago tem a síndrome de Morning Glory, uma alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Estreante no esporte profissional, a atleta pernambucana é uma das promessas de medalha para o Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio que devem ser disputadas em 2021.

A nadadora conquistou o ouro nos 50m livre da classe S12 no Mundial de natação paralímpica realizado em setembro, no Parque Olímpico de Londres, com mais de 650 atletas de 80 países. No papo com Fernanda Honorato, primeira repórter com Síndrome de Down do país, ela destaca o início no esporte.

"A natação entrou na minha vida muito cedo. Por eu ter a deficiência visual e a minha síndrome não permitir que eu fizesse um esporte de impacto, eu comecei a acompanhar meu irmão mais velho, que já era atleta de natação. Então, eu comecei praticamente com quatro anos de idade" afirma.

Carol competiu em provas de natação que reuniam atletas sem deficiência até o final de 2018 quando migrou para o esporte paralímpico. Ano passado, ela também estreou em Parapans nos Jogos de Lima e conquistou quatro ouros continentais em cinco provas disputadas.

Leonardo Tomasello, treinador de Maria Carolina, também conversa com a equipe do Programa Especial. Durante a conversa, o técnico explica como é a programação do treinamento estipulado para a nadadora e destaca as qualidades da atleta.

"Em todo treino ela tem uma meta para cumprir e a gente sempre vai ajustando isso para manter a motivação para fazer séries boas e na competição também. Ela é uma atleta muito competitiva, sempre quer nadar perto das melhores marcas ou quer quebrar as próprias marcas. Isso é bom", diz Leonardo.

Com diversos títulos na bagagem, Douglas Matera conta que, antes de praticar a natação paralímpica, há três anos, já era atleta da natação convencional. O atleta revela que essa experiência é a base de todo o seu trabalho na modalidade do esporte paralímpico em que aprimorou o rendimento.

"Tenho mais de 10 anos de natação competitiva. Eu tive uma base muito boa na natação convencional. Tenho a sorte de usufruir disso, hoje, na natação paralímpica. Apesar do começo em 2017, que pode ser visto como há pouco tempo, eu já tenho uma bagagem bem grande e isso, com certeza, me ajuda nos meus objetivos", destaca.

Uma das treinadoras de Douglas, a técnica Cynthia Boenne, afirma que ele é um nadador disciplinado. "Aqui, na piscina, que é onde eu ministro esses treinos, basicamente, o trabalho que a gente faz com ele é forçando a repetição, porque ele é um atleta muito talentoso, é um atleta disciplinado, é um atleta que tem muito foco e é muito técnico. Então, são todas as características que fazem realmente um grande campeão", celebra Cynthia.
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