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No chamado “corredor da morte”, onde ficou por dez anos aguardando a execução da pena capital pelo assassinato de sete homens, Aileen Wuornos escreveu sua história de vida em detalhes e enviou os escritos à sua melhor amiga, Dawn Botkins. Neste sábado, 30 de maio, às 22h, o Investigação Discovery compartilha o acesso a esse material com a estreia do especial AILEEN WUORNOS: A MENTE DE UM MONSTRO (Aileen Wuornos: Mind of a Monster).
Com duração de duas horas, o documentário integra a faixa de programação CRIMES MISTERIOSOS e traz à tona uma perspectiva pouco conhecida sobre Aileen, uma das figuras mais controversas da história recente. O especial tem como ponto de partida uma entrevista exclusiva com Dawn, na qual ela revela o conteúdo das cartas que recebeu da amiga de infância. As correspondências e o relato de Dawn descrevem mundo e a vida de Aileen, que ficaria conhecida mundialmente como uma assassina em série cruel devido aos crimes que cometeu e aos acessos de fúria perante o júri.
Dawn não abandonou Aileen em nenhum momento. Desde a infância, até a idade adulta e mesmo após a prisão, elas mantiveram contato constante. Quando já presa, Aileen recebia visitas de Dawn e escrevia-lhe cartas constantemente. Hoje, as caixas cuidadosamente guardadas por Dawn guardam as centenas de correspondências, cada uma delas contendo confissões, demonstrações de carinho e detalhes sobre cada um dos assassinatos.
Os papeis trazem informações estarrecedoras, narradas em primeira pessoa por uma mulher que já não tinha nada a perder. Além disso, Aileen fazia desenhos, muitos, e recapitula a infância e adolescência difícil – entre os fatos está o estupro sofrido por ela aos 12 anos, que resultou em uma gravidez. A criança foi adotada logo após o parto. A relação com a família, histórias de abuso, de amor e de assassinato: Aileen anotou tudo, até seu último dia de vida no chamado “corredor da morte”, prisão especial e de segurança máxima onde ficam os sentenciados à pena de morte.
O início do especial retorna a 1989, quando Aileen se prostituía nas imediações de Daytona Beach, Flórida. Naquele mesmo ano, um carro foi encontrado abandonado em uma área erma. Richard Mallory, de 51 anos, o dono do carro, foi a primeira vítima de Aileen. Meses depois, uma cena muito similar surpreende a polícia: o carro abandonado e o corpo sem vida eram de David Spears, de 43 anos, a segunda vítima. A partir de então, outros cinco homens foram mortos em circunstâncias parecidas e polícia iniciou a busca pelo assassino em série que levaria a Aileen.
Nas cartas, Aileen descreve versão compatível àquela apresentada por ela e sua defesa no julgamento: ela matou os sete homens em legítima defesa, diante de abusos e violência que teria sofrido. Porém, apenas para a amiga Aileen conta detalhes sobre as motivações que a levaram a matar.
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