Dira Paes comenta sua participação em 'Fina Estampa'

Divulgação TV GLOBO / Renato Rocha Miranda
Celeste (Dira Paes) e Griselda (Lilia Cabral) são amigas há muitos anos. Uma sempre esteve ao lado da outra nos momentos felizes e, principalmente, nas horas difíceis. O carinho entre elas é tão grande que Celeste é madrinha de Amália (Sophie Charlotte); e Griselda é madrinha de Solange (Carol Macedo). Elas são amigas de fé, comadres e, agora, sócias. 
Depois que deu um "basta" no relacionamento com Baltazar (Alexandre Nero), Celeste está livre para seguir seu sonho de montar um restaurante em sua casa. E Griselda vai apoiá-la, como sempre fez, mas, agora que é a mais nova milionária do Jardim Oceânico, vai participar da concretização do restaurante como sócia-investidora. Feliz e esperançosa, a mãe de Solange dá início aos preparativos para comandar a cozinha do Tempero da Celeste. 
'Fina Estampa’ é uma obra de Aguinaldo Silva, com direção geral e de núcleo de Wolf Maya e direção de Ary Coslov, Claudio Boeckel, Marcelo Travesso, Marco Rodrigo e Marcus Figueiredo.
ENTREVISTA COM DIRA PAES
Celeste era a melhor amiga de Griselda. Como foi a parceria com a Lilia Cabral em Fina Estampa?
A Lilia Cabral é uma atriz fabulosa, ela tem uma objetividade no olhar. Ela se expressa muito com os olhos. É muito legal ter a possibilidade de se encantar com seu parceiro de cena. E eu gostava muito de assistir à Lilia trabalhando. Acho que a Griselda foi uma grande personagem e ela, uma grande parceria de trabalho. Ela contracenava com todo mundo da novela. Era um daqueles personagens que exigem muito da atriz, não só na parte da interpretação, mas fisicamente falando também. 
Você está conseguindo rever a novela? O que está achando?
Rever a novela tem sido uma experiência diferente. É como se eu estivesse revivendo um passado, onde o ritmo da vida era outro. A cada cena minha que revejo, vem uma lembrança boa daquela gravação, daquele dia.
Como foi a preparação para viver a Celeste? 
Para viver a Celeste, eu mergulhei fundo nas experiências das mulheres que sofrem violência doméstica e não conseguem sair do ciclo vicioso dessa violação. Mulheres que não conseguem denunciar os maridos. Era nesse lugar que eu via a Celeste. Eu pensava no que fazia essa mulher ter a imobilidade de pedir ajuda, o que a deixava imóvel para não denunciar.
Você lembra o que te atraiu na personagem, quando recebeu o convite para o papel?
O que me atraiu na Celeste foi a personalidade dela, tão contrária à minha. Eu não conseguiria ter a passividade da Celeste. 
O que você tem ouvido (ou recebido de retorno nas redes sociais) dos amigos e do público agora que a novela está de volta?
O público reage de diversas formas. Na maioria das vezes, da forma mais elogiosa e defendendo também a importância desse personagem ainda no cenário atual.  A novela transmitiu uma mensagem muito importante. Quando a gente consegue unir a arte com conscientização social, as ideias são propagadas em uma velocidade muito grande. Valeu muito a pena fazer e está valendo a pena rever. 
Como está lidando com esse período de isolamento social?
Estou aproveitando esse período para reafirmar os meus afetos, arrumar as minhas gavetas, e tentar ser útil para as causas das pessoas que estão totalmente desamparadas e precisam da nossa solidariedade, da nossa generosidade. Dessa situação difícil que estamos vivendo, há também momentos lindos onde o afeto está aflorado. Temos que fazer com que esse sentimento se mantenha para sempre.
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