Divulgação Globo/Raquel Cunha |
Jacira é uma índia determinada que luta pela sua liberdade e igualdade dentro da aldeia. Nos últimos capítulos da trama, ela chegou a se apaixonar por Joaquim (Chay Suede) no tempo em que ele ficou com o grupo, mas entendeu que o coração do jovem ator era de Anna (Isabelle Drummond) e colocou toda sua energia no sonho de se tornar uma guerreira.
Mas, no seu caminho, surgiu o irmão da professora, Piatã (Rodrigo Simas), um índio que foi criado pelo pai de Anna na Europa. Em uma expedição pelas matas do Brasil, Edward e o pai de Piatã, Raduá, se conheceram, mas ele faleceu, e o inglês decidiu criar o menino. Piatã viveu como um estranho para os outros e para si mesmo.
Ao embarcar para o Brasil, Piatã tinha como objetivo resgatar sua origem, mas sabia pouco de sua história. No entanto, o encontro com Jacira o fez querer seguir em frente, morar na aldeia e acreditar que podia viver como um verdadeiro índio. Nos próximos capítulos da trama, após ser ajudado por ela, o jovem se vê totalmente apaixonado e a pede em namoro. Resistente, ela afirma que quer ser livre e se tornar uma guerreira, mas, com a promessa dele de apoiá-la, ela aceita a proposta e pede que Piatã mantenha segredo para os demais índios.
‘Novo Mundo’ é escrita por Thereza Falcão e Alessandro Marson, com Duba Elia, João Brandão e Renê Belmonte e tem direção artística de Vinícius Coimbra e direção de André Câmara, João Paulo Jabur, Bruno Safadi, Guto de Arruda Botelho e Pedro Brenelli.
ENTREVISTA COM GIULLIA BUSCACIO
O que você achou de 'Novo Mundo' ter sido escolhida para voltar ao horário das seis?
Fique feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz por ela ter sido escolhida e triste pelo motivo de estar voltando ao ar. Mas a Globo foi muito responsável com todos os funcionários e tomou a decisão certa em paralisar as produções. O isolamento ainda é o melhor remédio que temos contra o avanço do coronavírus. Quem puder ficar em casa, fique. Sei que nem todos têm essa opção, infelizmente. Vivemos num país de muitas desigualdades sociais e me preocupo demais com as pessoas mais vulneráveis nesses tempos que estamos vivendo.
Qual a importância de Jacira na sua carreira?
Jacira foi uma personagem que me instigou e me desafiou muito. ‘Novo Mundo’ é uma novela de época, com trejeitos e expressões de um período muito distante do nosso. E, somado a isso, ela era uma índia, então tinha todo esse contexto. Eu estudei muito na época, mergulhei de cabeça para fazer a composição dela, para entender o período histórico em que se passava a novela. Foi um período de muito aprendizado para mim. É, com certeza, uma das personagens que eu guardo com muito carinho na minha trajetória.
Qual cena gostaria de rever?
Eu fiz muitas cenas legais, mas uma que me impactou muito foi a que a tribo dela era incendiada. Foi uma cena difícil de fazer, que envolveu muitos detalhes e marcou a história dela na trama. Já estou assistindo à edição especial de Novo Mundo e é muito legal ver um trabalho com esse distanciamento de agora.
Que momento das gravações você lembra com mais carinho?
Tínhamos um elenco muito legal e unido. Foi uma novela com um clima ótimo nos bastidores. As pessoas estavam felizes com o trabalho e muito empenhadas em contar aquela história. Tenho lembranças boas. Valeu muito a pena para contar essa história. Nossa trama deu tão certo que o público receberá de presente uma continuação da história em breve, com a novela ‘Nos Tempos do Imperador’.
Como está a repercussão?
Muito legal, porque eu acabei de fazer a Isabel, em ‘Éramos Seis’, que é muito diferente visualmente da Jacira. Algumas pessoas nem associavam que era eu que fazia a Jacira (risos). Nossa caracterização caprichou muito. Mas escuto muitas coisas boas, gente que não tinha noção da história do nosso país e que está aprendendo um pouco sobre nossos antepassados. E uma galera que amou a primeira vez e que está assistindo de novo. É muito bom quando um trabalho se comunica com o público e cria essa interação.
Como o público pode aproveitar a novela hoje, depois de três anos da estreia?
‘Novo Mundo’ é uma trama de época, mas que mostra muito do processo de colonização do Brasil, da nossa história. E, de certa forma, muito do que somos hoje é reflexo desse passado. É uma trama que, além de entreter, vem cheia de informação histórica, apesar de toda a licença poética dos nossos autores para a ficção. Mas é uma novela dinâmica, com humor, romance...Tem tudo para o público se entreter nesse momento de isolamento.
Tem alguma característica ou algo que você aprendeu com a personagem que ficou pra sua vida?
Acho que temos em comum a determinação. Jacira é muito determinada, assim como eu. Não aprendi isso com ela, mas ela foi mais uma das minhas personagens que acentuou isso em mim. Temos que lutar pelo o que acreditamos, pelo que achamos justo e, principalmente, pelo que sonhamos.