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Os integrantes da Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo Victor Leal e Ricardo Pipo são os entrevistados do próximo Impressões, que vai ao ar nesta segunda-feira (25), às 23h, na TV Brasil. Durante a conversa com a jornalista Katiuscia Neri, os comediantes contam que, em 2020, quando o grupo completa 25 anos, haverá uma nova peça, turnês internacionais e a estreia em um campo inédito para eles: o cinema.
Com lançamento previsto para o segundo semestre do ano que vem, “Hermanoteu – O Filme” - uma coprodução da Fox Internacional e da Warner Bros – tem origem em uma peça homônima, um dos maiores sucessos da companhia.
Acostumados a improvisar nos espetáculos, Pipo diz que se surpreendeu com a sétima arte. “Eu tinha uma imagem equivocada do cinema, ele é bem orgânico nesse sentido do improviso também: as coisas se adaptam, às vezes muda uma cena, às vezes o cara imaginava uma coisa, mas tem uma nuvem preta aqui, então joga pra cá. O resultado do cinema é um milagre”, destaca.
Os comediantes contam que se sentiram livres nas gravações, porque participaram de diversas etapas. “Além de atores, autores, nós também somos produtores do filme, de parte da produção, a gente tinha uma certa liberdade”, conta Victor Leal.
O trabalho em grupo por 25 anos, eles garantem, não é um fardo. “As coisas só acontecem se o grupo todo quiser, é muito interessante isso. Se dois ficarem meio assim… por mais que role um esforço dos outros quatro, não dá, tem que ser uma sinergia junta, sabe?”, comenta Pipo.
Formada em Brasília nos anos 1990, a companhia teve sucesso na cidade desde o início da carreira. Mas foi após uma entrevista no Programa do Jô, na TV Globo, que ficaram conhecidos nacionalmente.
“Quando deu o boom com o (personagem) Joseph Klimber, em 2006, aí o grupo começou a bater recorde de público no Brasil inteiro. Começou a fazer peças em grandes casas, fomos fazer quatro temporadas em Portugal, porque a internet não tem fronteira e todo mundo gostava do Joseph Klimber; fomos fazer três temporadas nos Estados Unidos, foi uma coisa muito grande”, lembra Victor Leal.
Eles garantem que não se incomodam de repetir o personagem e nem os espetáculos. “É como se fosse uma banda de rock, que vai cantar a música mais famosa e a plateia canta junto a música. O Joseph Klimber é isso, o Pipo vai falando a narração, e eu ouço algumas pessoas na plateia falando junto o texto”, conta Victor.
Com dez peças em cartaz, algumas desde o início da companhia, os comediantes afirmam que só conseguem isso porque os espetáculos são constantemente atualizados e adaptados à realidade atual. “Com 25 anos, a gente vai mudando, adaptando, o improviso é mantido. E o que não funciona, sai. É uma das características do grupo: todos os nossos espetáculos são pano de fundo pra gente falar do nosso dia a dia”, explica Victor Leal.
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