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| Divulgação TV Brasil |
A jornalista Roseann Kennedy recebe a senadora Simone Tebet na edição inédita do programa Impressões que a TV Brasil apresenta nesta terça (27), às 23h. Na entrevista, a parlamentar analisa as condições para a votação da Reforma Tributária no Congresso.
Durante a conversa, ela manifesta preocupação com o projeto de lei de abuso de autoridade, fala sobre os desafios políticos do país num momento de extremismos e comenta a Reforma da Previdência. A senadora ainda conta detalhes do seu dia a dia como parlamentar, mãe e esposa.
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Simone Tebet (MDB-MS) defende que os parlamentares entreguem uma reforma que mexa primeiro com a unificação dos impostos federais e desburocratize, deixando para o ano que vem a discussão sobre o que fazer com o ICMS.
"Nós temos dois Brasis, o que produz e o que consome. Esses Brasis nunca vão se encontrar num consenso se o bolo tributário é um só. Na hora de dividir, um perde e outro ganha", observa, lembrando que ao longo das últimas décadas foi justamente esse ponto que sempre travou a reforma.
Ela fez um alerta em relação à matéria. A senadora acredita que pode avançar rapidamente no Congresso, desde que não seja inserida a mudança para tributar o ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) no estado de consumo. "Se quisermos colocar ICMS, neste momento, nós podemos ficar mais vinte anos discutindo", avaliou.
Para a presidente da CCJ é fundamental que os deputados e senadores se debrucem sobre a proposta do Governo Federal e alterem os pontos necessários. "Eu não conheço uma reforma tributária, mesmo as mini reformas, que não tenha saído na sua essência do chefe do Executivo. Porque são eles que têm os números. Isso não significa que nós vamos chancelar essa reforma. Significa uma sinalização do que é possível e qual reforma, a princípio, o Governo quer. Aí sim, tanto a Câmara como o Senado colocam musculatura nesse esqueleto", ressalta.
A senadora destaca a necessidade de avançar em várias matérias ao mesmo tempo para impulsionar o PIB e gerar empregos no país. Ela comemora a aprovação da MP da Liberdade Econômica e diz que é quase tão importante quanto a reforma tributária, "porque desburocratiza as relações de negócios no Brasil".
Simone Tebet acredita que, entre 60 a 90 dias, o país já sentirá os efeitos dessa MP, com a criação de novas empresas e vagas de trabalho. De acordo com ela, no momento, o calendário da CCJ está centrado na Reforma da Previdência.
Já nesta semana, a comissão começa a discutir o relatório que será apresentado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Após aprovação na CCJ, o debate vai para o plenário e há prazos regimentais a cumprir. Com isso, Simone Tebet afirma que "dez de outubro é um prazo extremamente razoável (para a reforma estar promulgada)".
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