Caminhos da Reportagem discute o ofício de escrever nesta terça na TV Brasil

Divulgação TV Brasil
O Caminhos da Reportagem destaca os desafios atuais de quem é autor nesse mundo digital contemporâneo. O assunto é investigado na matéria "O escritor que há dentro de nós", edição inédita do programa que a TV Brasil apresenta nesta terça (2), às 22h30.

A produção jornalística ouviu de escritores veteranos o que os mais novos já sabem: vive-se hoje no tempo do autor, em que o trabalho do escritor não acaba no ponto final de um romance, pois a ele também cabe ser o entregador de sua obra.

Não faz muito tempo, uma história dependeria da aceitação de uma grande editora para virar um livro, e teria de cair nas graças dos críticos para ser um sucesso de vendas. Mas isto é passado. Atualmente, quem escreve uma obra tem novos desafios a enfrentar.

O autor de hoje vai escolher uma plataforma digital, formatar o conteúdo no Word e fazer o upload em KDP – Kindle Direct Publishing – ou no Whattpad, para no final ter o seu romance num e-book.

Nessa trilha das publicações próprias, os novos – e velhos – autores acompanham as vendas por gráficos, e podem, como diz Gisele Mirabai, vencedora do 1º Prêmio Kindle de Literatura, interagir com o leitor, ver em tempo real as transformações que o romance pode ter causado na vida dele.

A atração jornalística da emissora pública destaca que, mais do que nunca, o autor vai depender do boca-a-boca do leitor. O Caminhos da Reportagem analisa essa disseminação das recomendações: quem não quer vender, conquistar prêmios e, até, quem sabe, ser best-seller?

O escritor Joaci Pereira Furtado, ganhador do Prêmio Jabuti (1997), não faz questão. Para ele, best-seller é o livro que vende milhões. "Para chegar a uma escala de milhão, tem de ser muito medíocre", sentencia.

Já a poeta Jô Freitas – filha, irmã e neta de empregada doméstica – se ressente da falta de acesso às grandes editoras, e admite que o "Jabuti seria muito bem-vindo", em entrevista aos jornalistas da TV Brasil.

Para a escritora Ju Marquesi, de Piraí, no Rio de Janeiro, o maior prêmio é viver da literatura. Ela trabalhava como advogada no serviço público numa cidade que não tinha livraria. Depois de ter seu livro "Theo" como a sétima publicação mais vendida no ranking da Revista Veja, e de vender milhares de ebooks, J. Marquesi, como assina, pediu exoneração. Agora vai se dedicar em tempo integral ao gênero de escrita que é a sua especialidade, os romances eróticos.
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