Divulgação TV Brasil |
Para recordar os 110 anos de nascimento da cantora e virtuose violonista amazonense Olga Praguer Coelho, o programa Partituras apresenta um espetáculo em homenagem à artista neste domingo (28), às 12h30, na TV Brasil.
Com performances do pianista Nelson Freire, dos violonistas Fábio Zanon e Marta Taborda e da soprano Rosana Lamosa, o concerto foi gravado na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, pela emissora pública com exclusividade.
O repertório do espetáculo "Tributo à Olga Praguer Coelho" contempla obras da própria homenageada além de canções de personalidades internacionais como Frédéric Chopin, Heitor Villa-Lobos e Francisco Mignone.
O recital marca, ainda, os 65 anos de lançamento do antológico LP "The Art of Olga Praguer Coelho" (1954), agora lançado em CD remasterizado, fazendo justiça a uma das mais importantes musicistas brasileiras de todos os tempos.
A artista viveu intensamente quase um século e faleceu aos 98 anos em 2008. A intensa obra de Olga em quantidade e qualidade rendeu a ela o apelido de "Soprano Insaciável". Natural de Manaus, ela viveu parte da infância também em Salvador e no Rio de Janeiro.
O programa da TV Brasil traz depoimentos sobre a homenageada. "Sua arte vem da combinação única de sua voz bonita, treinada e versátil, musicalidade incomparável, habilidade interpretativa e impecável acompanhamento ao violão clássico", afirma o filho Miguel Praguer Coelho.
Trajetória
Considerada uma das mais importantes musicistas brasileiras de todos os tempos, Olga Praguer Coelho estreou na música ao tocar durante a Exposição Internacional do Centenário da Independência em 1922. A artista cantou em público pela primeira vez no final dos anos 1920 em programas da Rádio Clube do Brasil.
As primeiras gravações de Olga ocorreram em 1929 em um disco da Odeon Records contendo o samba "Sá querida" e a embolada "A mosca na moça". O primeiro sucesso internacional foi em 1935, em Buenos Aires, onde se tornou uma sensação. Ela foi uma das estrelas do show de abertura da Rádio Tupi onde se especializou como intérprete de música folclórica brasileira.
Em 1936, lançou sua primeira turnê pela Europa, como recém-nomeada Embaixadora da Música Brasileira, nomeada pelo presidente Getúlio Vargas. Viajou para a Alemanha, a bordo do Graf Zeppelin, onde em Berlim acompanhou as cerimônias dos Jogos Olímpicos de Verão.
A artista percorreu o mundo com seu talento e visitou diversos países para apresentar seu trabalho. Indicada por Heitor Villa-Lobos e Érico Veríssimo, apresentou-se na Casa Branca em 1938. Olga foi a primeira violonista a usar cordas de nylon no palco, em vez de cordas de tripa, no seu recital no Town Hall em Nova Iorque, em 1947.
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