Divulgação TV Brasil |
O programa Samba na Gamboa celebra a renovação do gênero musical mais popular do país com a presença dos sambistas Renato da Rocinha e Hamilton Fofão neste sábado (16), às 18h30, na TV Brasil.
A produção conduzida pelo bamba Diogo Nogueira mostra como o país é um celeiro de talentos. A tradicional roda de samba da emissora pública revela como os novos artistas vem se desenvolvendo e colaborando para a difusão e fortalecimento do ritmo.
Anfitrião e convidados soltam a voz em composições de músicos da nova geração que já estão na boca do povo como os sambas "Pretas, Brancas e Morenas", "Leva na Moral" e "Salve São Sebastião".
Transformações do mercado fonográfico
Além da trajetória e formação artística de Renato da Rocinha e Hamilton Fofão, o bate-papo com Diogo Nogueira também aborda questões como as transformações vividas no mercado fonográfico.
Os músicos comentam que com os home estúdios cada vez mais equipados, é possível a artista desconhecido gravar um disco de qualidade sem precisar gastar muito. A internet e as redes sociais também têm papel fundamental na divulgação do trabalho do artista independente.
De acordo com os convidados, cabe ao artista trabalhar duro para reverter a falta de investimento em mídia e divulgação, fazendo muitos shows e tocando em muitas rodas de samba.
Apesar das dificuldades, os dois demonstram a satisfação de conseguirem viver da música. Eles destacam como programa como o Samba na Gamboa abrem espaço especial para as composições de jovens talentos e para o trabalho de outros sambistas da nova geração como Inácio Rios, João Martins e Raphael Richaid.
Trajetória dos convidados
Cria da comunidade de São Conrado, Renato da Rocinha viveu com o samba presente em sua vida desde a infância. Apesar de não ser músico, seu pai sempre foi um apaixonando pelo ritmo. Toda reunião em casa terminava em batucada. Ouviam Fundo de Quintal, Jovelina, Almir Guineto, Zeca Pagodinho e outros.
Os anos se passaram e enquanto Renato aproveitava a voz potente como locutor de rádio, a paixão pela música ia ganhando corpo. Em 2008, finalmente tomou coragem de abraçar seu talento e mirou na profissionalização, gravando seu primeiro CD.
De lá pra cá segue a dura, porém prazerosa, caminhada de um artista iniciante, sem padrinhos famosos, mídia ou investimento de uma gravadora. Depois de um início apenas como intérprete, ele começou a desenvolver sua veia de compositor, investindo cada vez mais em um trabalho autoral.
Influência de Silas de Oliveira
Já Hamilton Fofão nasceu em berço de samba. Sobrinho neto de Silas de Oliveira, desde pequeno ele teve contato com toda musicalidade que pulsa em sua comunidade, a Serrinha. Quando garoto, participou de um projeto social conduzido pelo músico e criador do bloco/banda Bangalafumenga, Rodrigo Maranhão, aprendendo cavaquinho, instrumento no qual se tornou virtuose.
O vínculo com o músico rendeu um convite pra participar do projeto, no qual atua como instrumentista e cantor. Além do "Banga" como é carinhosamente chamado pelos fãs, Hamilton Fofão também tem uma longa relação com o Jongo da Serrinha e com a Velha Guarda do Império Serrano, onde conviveu com medalhões do carnaval como Wilson das Neves, Zé Luis do Império, Aluísio Machado, Ivan Milanês, entre outros.
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