Diogo Nogueira homenageia Arlindo Cruz no Samba na Gamboa deste sábado na TV Brasil

FOTO: Divulgação TV Brasil
O programa Samba na Gamboa celebra a vida e a obra do sambista Arlindo Cruz na edição especial deste sábado (16), às 18h30, na TV Brasil. Para conversar sobre o experiente músico, que segue em recuperação de saúde, o apresentador Diogo Nogueira recebe Sombrinha e Arlindinho. Eles se emocionam e cantam clássicos do homenageado como "Meu lugar", "Deixa clarear", "É sempre assim", "Império e Portela" e "Seja sambista também".

Arlindo Cruz sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em março de 2017. Durante um ano e três meses, o artista ficou internado em hospitais no Rio de Janeiro. Em julho do ano passado, ele foi liberado para seguir o tratamento home care em casa com a família.

Para saudar a trajetória do bamba, o Samba na Gamboa resgata histórias e composições que marcaram a carreira de Arlindo Cruz. Ao lado de Sombrinha, parceiro de grandes clássicos, e de Arlindinho, herdeiro musical do pai, Diogo Nogueira faz uma grande viagem pela história musical de Arlindo, desde os tempos dos pagodes embaixo da tamarineira do Cacique de Ramos até a consagração como ídolo popular.

História ligada ao universo do samba

Arlindo Cruz é um dos maiores nomes da história do samba carioca. Aos sete anos, ganhou o primeiro cavaquinho e, desde menino, revelou um talento incomum para música. Durante a juventude, apurou o estudo de teoria, solfejo e violão clássico, e frequentou grandes rodas de samba, com ídolos como Candeia.

 

Frequentador dos lendários pagodes das quartas-feiras do Cacique de Ramos, tornou-se parceiro de bambas como Zeca Pagodinho e Sombrinha. Nesses grandes encontros musicais, reuniam-se feras como Beth Carvalho, Almir Guineto e Beto Sem Braço. Foi o berço do Fundo de Quintal. Com a saída de Jorge Aragão, Arlindo se tornou membro do grupo. Foram 12 anos de sucessos até que optou pela carreira solo.

 

Logo depois, iniciou Arlindo Cruz a parceria com o compositor Sombrinha, que geraria alguns dos maiores clássicos do gênero. O Samba na Gamboa faz um tributo à história do ídolo popular, que começou a carreira nesse que se tornou um dos mais importantes movimentos musicais do Rio de Janeiro.

 

O envolvimento de Arlindo Cruz como compositor nas escolas de samba também rendeu alguns dos mais elogiados sambas enredo dos últimos anos na Avenida. Imperiano apaixonado, foi premiado diversas vezes por composições vencedoras na quadra do Reizinho de Madureira e de outras agremiações.

 

Para Arlindo, samba é compromisso de alma. Parte de sua inspiração vem dos terreiros, dos cultos das religiões de matriz africana, do sagrado que canta em suas letras e ajudou a desmistificar. Foi a geração de Arlindo, Zeca e Sombrinha, com sua madrinha Beth Carvalho à frente, que trouxe o samba e a cultura cariocas para trilhar um caminho de sucesso por todo o país.

 

Durante a conversa na TV Brasil, Arlindinho destaca todo o incentivo do pai para que ele continue esse legado. A reação apaixonada dos fãs e o engajamento e torcida dos amigos por sua recuperação. O herdeiro também fala sobre a série de shows e eventos em homenagem ao pai, que vem unindo personalidades importantes do mundo do samba, o apoio dos seguidores e toda a responsabilidade de defender a obra do artista

 

Nas redes sociais, verdadeiras correntes de orações, vindas de fãs de todas as religiões, se realizam desde que o artista sofreu o AVC, em março de 2017. Na época, Arlindo se preparava para viajar a São Paulo, onde faria o show do projeto "Pagode 2 Arlindos", com o filho. Coube a Arlindinho continuar na estrada o sonho do pai. E liderar um verdadeiro movimento de solidariedade e fé por sua recuperação. 
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