FOTO: Divulgação TV Brasil
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A TV Brasil recebe a irreverente atriz Carmem Verônica, de 85 anos, para contar curiosidades da carreira na série Atos. A diva é convidada para as luzes da ribalta neste domingo (17), às 20h30, no penúltimo episódio inédito da produção feita em parceria com a Casa das Artes de Laranjeiras (CAL) onde é gravada.
No encontro desta semana, a eterna diva é sabatinada por um grupo de estudantes de interpretação, mediados pelo professor e diretor Antonio Gilberto. Durante o papo na emissora pública, a atriz revela que não se considera engraçada e conta que sempre inventa piadas em cima dos textos que faz.
"Eu sou até meio rabugenta. Quem me acha engraçada são os outros, senão eu não trabalhava", brinca com o carisma peculiar que a caracteriza. O humor, aliás, é uma das marcas na personalidade da veterana que é lembrada por sua voz melodiosa e piscar de olhos. Carmen também é conhecida por imprimir sua marca nos papeis que assume com bordões e frases hilárias.
A artista reflete sobre a passagem de tempo e conta como encara o envelhecimento. "Enquanto o tempo está passando, você tem que lidar bem", diverte-se.
"Quando a cabeça está boa, tudo é fácil. Eu digo a minha idade. Estou com 85. Gostaria de ter menos? Não sei. Eu tenho vivência e história para contar. Tenho quilômetros rodados de vida, de luta e de garra. Isso também vale", completa.
Memória e atuação com naturalidade
Seguida pela escuta e olhar curiosos dos atores em formação, com questionamentos sobre a arte de atuar, Carmem fala da experiência de ter sido dirigida por Luiz Fernando Carvalho e relembra a importância do produtor Carlos Machado em sua carreira.
Carmem também comenta a parceria com a atriz Íris Bruzzi na telinha. As personagens Mary Montilla e Margarida, papeis que elas interprestaram na novela "Belíssima" (2005), fizeram sucesso com o público.
"O diretor Sílvio de Abreu falou para eu agir com naturalidade e ser eu mesma", lembra a artista que conta algumas situações de bastidores. "O pessoal brincava: ‘Lá vem a coautora’. Quando gostava do texto, eu alongava com piadas e todos riam. A partir do texto que eu recebia, isso vinha normalmente, sem esforço", conta.
Durante a animada entrevista, Carmem Verônica recorda ainda de uma vez que estava em cena no teatro de revista e teve um apagão. Mesmo assim, a musa não perdeu o humor. "O gozado é que depois a memória volta como se nada tivesse acontecido", relata a estrela.
Para completar, a artista ainda é homenageada pelos alunos de dramaturgia que apresentam uma cena do especial "Show do dia 7", humorístico da antiga TV Record, nos anos 1960, em que Carmem Verônica representou uma paródia da história de Chapeuzinho Vermelho acompanhada por Wilson Simonal.
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