O cantor e compositor baiano Moreno Veloso é o convidado de Maurício Pacheco no programa Segue o Som que a TV Brasil exibe neste sábado (8), às 15h. Na instigante conversa com o apresentador sobre o versátil trabalho artístico, o músico conta que há muito superou o peso de ser filho de Caetano Veloso.
Ele faz um panorama de sua obra, comenta os destaques de sua trilha musical e aborda das parcerias que construiu durante a carreira. Moreno Veloso recorda sua trajetória profissional, que tem seu marco inicial em 2000 com o lançamento do disco "Máquina de escrever música".
O convidado conta curiosidades sobre o projeto desenvolvido com Kassin e Domenico Lancelloti. O músico relembra a origem do título da obra, uma lenda atribuída a Tom Jobim, e comenta a estranheza sonora desse álbum, que acabou por ter mais aceitação no exterior do que no Brasil.
Moreno fala também sobre sua atuação como produtor, destacando o cultuado álbum "Recanto" (2011), tido como uma reinvenção sonora de Gal Costa em termos tanto de repertório quanto de arranjos e instrumentação, tendo a parceria com a cantora se repetido em seu disco seguinte, "Estratosférica" (2015).
O convidado deste Segue o Som aborda ainda os desafios da produção musical, trabalho desafiante, mas que pode roubar muito tempo e dificultar a concepção e produção de um projeto autoral.
Sobre sua vertente instrumentista, Moreno conta que seu primeiro instrumento foi o violão, com o qual teve contato desde pequeno através de aulas particulares com o conhecido violinista Almir Chediak.
O artista explica que seu instrumento favorito, porém, é o pandeiro, que conheceu a partir da influência de Carlinhos Brown. "Esse instrumento tem uma coisa muito boa de ser árabe, africano, brasileiro. Ele representa o samba e é um ícone do Brasil. Eu compus algumas músicas com o pandeiro. Quando viajo levo só o pandeiro... Fiquei apaixonado por esse instrumento".
Na entrevista para a TV Brasil, Moreno comenta sua íntima relação com o Japão, país que recebeu abertamente a sua proposta musical. Lembra que por um imprevisto, acabou tendo que fazer um show sem os companheiros da banda Moreno +2, marcando assim sua estreia solo, registrada no álbum lançado apenas no mercado japonês "Solo in Tokyo".
O músico ainda aborda seu álbum "Coisa Boa" (2014) que se distingue por uma sonoridade serena. O ritmo do disco remete à paz da Bahia e às canções de ninar que Moreno canta para os filhos pequenos.
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