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O programa Trilha de Letras de amanhã entrevista Júlio Ludemir e Écio Salles, idealizadores da Festa Literária das Periferias (Flup). Os dois batem-papo com o apresentador Raphael Montes sobre autores em evidência no cenário literário nacional. Trilha de Letras vai ao ar amanhã (terça, dia 13), às 21h15, na TV Brasil.
Na conversa, Júlio Ludemir e Écio Salles falam sobre autores que ganharam visibilidade nacional com a participação na Flup. É o caso de escritores como Geovani Martins, Jessé Andarilho e Raquel de Oliveira. A Flup abriu espaço para a produção literária deles. O Trilha de Letras fala sobre como a Flup ajuda a formar leitores e escritores da periferia das grandes cidades.
Nesta sétima edição da Flup, que terminou no domingo (dia 11), a programação foi focada nas mulheres e nas vivências da diáspora e da negritude. Maria Firmina dos Reis, considerada a primeira escritora brasileira e pioneira na crítica abolicionista na nossa literatura, foi a grande homenageada de 2018 da Flup, que aconteceu no Cais do Valongo, no Rio, local de porta de entrada dos africanos escravizados nas Américas.
Inspirada na Festa Literária de Paraty (Flip), a Flup foi criada em 2012 em comunidades do Rio de Janeiro. A primeira edição foi chamada de Festa Literária das UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora). Mas logo depois, Júlio Ludemir e Écio Salles decidiram desvincular o evento da política de ocupação do governo do Rio de Janeiro, estendendo a programação para comunidades que não tinham sido ocupadas por UPP’s.
A partir de 2014, comunidades de outras cidades do Brasil, como Alagados e Cidade Industrial de Curitiba, passaram a receber parte da programação da Flup. No mesmo ano foi criada a Rio Poetry Slam, uma competição de poesia falada.
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