(Imagem/Divulgação TV Brasil) |
Com imensos recursos financeiros à sua disposição para investir na América Latina, a China protagoniza uma grande expansão comercial nessa região e em quase todo o mundo. No programa Um olhar sobre o mundo, o jornalista Moisés Rabinovici recebe Alexandre Uehara, que é doutor em ciência política pela USP, para conversar sobre essa nova fase da diplomacia chinesa, que pretende ocupar cada vez mais o espaço dos norte-americanos. Um olhar sobre o mundo vai ao ar na segunda-feira, dia 15, às 21h45, na TV Brasil.
Coordenador acadêmico do Núcleo de Estudos e Negócios Asiáticos da ESPM, além de pesquisador visitante nas universidades Keio e Sophia, no Japão, o professor Uehara analisa a ofensiva chinesa no mundo. Ele destaca que, ao contrário do que ocorreu nos anos 1980, quando os Estados Unidos conseguiram conter a influência da União Soviética, com a China atual isso não aconteceu. E, na avaliação do professor, essa nova situação causa um grande desconforto para os norte-americanos . “A China já está no mundo”, aponta Uehara.
A expansão da China, inclusive no Brasil, segundo o professor, é resultado não só do crescimento do PIB chinês, mas de uma política pensada pelos líderes chineses que desejam que seu país seja cada vez mais atuante em todas as partes do mundo. “Não vejo que a China queira ser, como os Estados Unidos, o policial do mundo. Mas querem ter uma posição importante no planeta”, argumenta Uehara.
O professor diz que a China busca o reconhecimento internacional e uma influência cultural e em todas os países. "A China atualmente está entre as principais parceiras comerciais das 20 maiores economias do mundo", exemplifica Uehara.
Em relação ao Brasil, Uehara diz que nosso país ainda está no estágio de aprendizado e que a China tem sido ousada em seus investimentos na América do Sul. Ao contrário de outras potências, registra o professor, ela parece não temer riscos em relação ao futuro político dos países sul-americanos.
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