(Imagem/Divulgação TV Brasil) |
O cantor e compositor Arlindo Cruz é o homenageado do programa Samba na Gamboa, que vai ao ar na sexta (dia 14), às 21h45, na TV Brasil. No programa, o apresentador Diogo Nogueira recebe os bambas Sombrinha e Arlindinho, que cantam clássicos como “Meu lugar”, “Deixa clarear” e “Seja sambista também”.
No episódio, Sombrinha e Arlindinho se emocionam ao falar da luta pela recuperação de Arlindo Cruz, que sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em março de 2017. O sambista ficou internado um ano e três meses _ na Casa de Saúde São José, no Humaitá e no Hospital Placi, em Botafogo, ambos na Zona Sul do Rio de Janeiro _ e só voltou para casa, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste, em julho deste ano.
Ao lado de Sombrinha, parceiro de grandes clássicos e de Arlindinho, herdeiro musical do pai, Diogo Nogueira faz uma grande viagem pela carreira musical de Arlindo Cruz, desde os tempos dos pagodes embaixo da tamarineira do Cacique de Ramos até a consagração como ídolo popular.
Arlindinho também fala sobre a série de shows e eventos em homenagem ao pai, que vem unindo personalidades importantes do mundo do samba, o apoio dos fãs e toda a responsabilidade de defender a obra do artista. Já Sombrinha conta a trajetória ao lado do amigo e parceiro de grandes sucessos, que ficaram marcados na história do samba do Rio de Janeiro.
Arlindo Cruz é um dos maiores nomes da história do samba carioca. Aos sete anos, ganhou o primeiro cavaquinho e, desde menino, revelou um talento incomum para música. Durante a juventude, apurou o estudo de teoria, solfejo e violão clássico, e frequentou grandes rodas de samba, com ídolos como Candeia.
Frequentador dos lendários pagodes das quartas-feiras do Cacique de Ramos, tornou-se parceiro de bambas como Zeca Pagodinho e Sombrinha. Nesses grandes encontros musicais, reuniam-se feras como Beth Carvalho, Almir Guineto e Beto Sem Braço. Foi o berço do Fundo de Quintal.
Com a saída de Jorge Aragão, Arlindo se tornou membro do grupo. Foram 12 anos de sucessos até que optou pela carreira solo. Logo depois iniciou a parceria com o compositor Sombrinha, que geraria alguns dos maiores clássicos do gênero.
Seu envolvimento como compositor nas escolas de samba também rendeu alguns dos mais elogiados sambas enredo dos últimos anos na Avenida. Imperiano apaixonado, Arlindo Cruz foi premiado diversas vezes por composições vencedoras na quadra do Reizinho de Madureira e de outras agremiações.
Para Arlindo, samba é compromisso de alma. Parte de sua inspiração vem dos terreiros, dos cultos das religiões de matriz africana, do sagrado que canta em suas letras e ajudou a desmistificar. Foi a geração de Arlindo, Zeca e Sombrinha, com sua madrinha Beth Carvalho à frente, que trouxe o samba e a cultura cariocas para trilhar um caminho de sucesso por todo o país.
Arlindinho fala de todo o incentivo do pai para que ele continue esse legado. A reação apaixonada dos fãs e o engajamento e torcida dos amigos por sua recuperação. O herdeiro também fala sobre a série de shows e eventos em homenagem ao pai, que vem unindo personalidades importantes do mundo do samba, o apoio dos seguidores e toda a responsabilidade de defender a obra do artista.
Nas redes sociais, verdadeiras correntes de orações, vindas de fãs de todas as religiões, se realizam desde que o artista sofreu um AVC, em março de 2017. Arlindo se preparava para viajar a São Paulo, onde faria o show do projeto “Pagode 2 Arlindos”, com o filho. Coube a Arlindinho continuar na estrada o sonho do pai. E liderar um verdadeiro movimento de solidariedade e fé por sua recuperação.
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