Arquitetos, nova série do Canal Curta!, apresenta a arquitetura mineira de Gustavo Penna nesta terça-feira

(Imagem/Divulgação GF)
O arquiteto Gustavo Penna é o tema do segundo episódio inédito de Arquitetos, série produzida pela GRIFA FILMES, que vai ao ar no Canal Curta! nesta terça-feira, 11 de setembro, às 20 horas. Em Minas Gerais, o programa mostra como o trabalho dele reflete influências que recebeu de seu estado de origem, das paisagens e montanhas mineiras. Penna também visita seu amigo, o músico Toninho Horta, para uma conversa sobre amizade, música e arquitetura. Juntos, eles compõem uma música e o arquiteto mostra seu talento para imitar os cantos dos passarinhos.Este episódio tem reapresentação dia 11 à meia-noite; quarta-feira, 12 de setembro, às 14 horas; quinta-feira, dia 13, às 8 horas, sábado, dia 15, às 21h15; e domingo, dia 16, às 10h55.

Arquitetos é uma série de 13 programas de meia-hora, que mostra como a arquitetura está presente no cotidiano e, de forma poética, retrata a paixão desses profissionais por meio de seus projetos e obras. Com produção executiva de Fernando Dias e Mauricio Dias, da GRIFA FILMES, roteiro e direção de Herbert Henning, Arquitetos tem a curadoria assinada pelo também arquiteto e Professor da FAU/USP Guilherme Wisnik. Responsável pela seleção dos temas dos programas, Wisnik faz, em cada episódio, uma breve explanação sobre as características dos arquitetos e as principais obras criadas pelos escritórios.

Conheça os programas da série Arquitetos: Angelo Bucci, Gustavo Penna, Thiago Bernardes, Mario Figueroa, Jorge Jáuregui, Héctor Vigliecca, Eduardo de Almeida e os escritórios METRO, MGS, Arquitetos Associados, MMBB, MAPA e TACOA. 

A equipe de Arquitetos viajou pelo Brasil para registrar as entrevistas em marcos importantes das cidades, como os bairros de Copacabana e Urca, no Rio de Janeiro, o Instituto Inhotim, em Minas Gerais, o Edifício Itália, em São Paulo, o Parque Moinhos de Vento, em Porto Alegre, e o Eixo Monumental de Brasília. Também visitou outros países da América Latina, como Uruguai e o Chile, para resgatar histórias sobre as origens e influências no trabalho de arquitetos que atuam no Brasil.


Confira as sinopses dos próximos programas:

2 – GUSTAVO PENNA - Terça-feira, 11 de  setembro, às 20 horas

Gustavo Penna é um arquiteto de Minas Gerais que carrega a marca de ser um arquiteto mineiro, isto é, a sua produção dialoga muito fortemente com a paisagem e com o ambiente cultural de Minas. Minas é também o estado marcado pelas cidades históricas, pelo ouro e pela presença do passado, a presença da colônia, a presença de uma delicadeza que também se desdobra paradoxalmente numa certa potência plástica. Gustavo Penna dialoga também com a arquitetura pós-moderna no início da carreira o que é um traço distintivo no Brasil, país no qual o pós-modernismo foi em geral muito negado. Com isso tudo se dá uma combinação interessante e singular no campo da arquitetura brasileira.   

3 – THIAGO BERNARDES - Terça-feira, 18 de setembro, às 20 horas

Thiago Bernardes é um arquiteto carioca que talvez seja um dos herdeiros da tradição do pensamento sobre a casa brasileira, isto é, a casa que vem desde os tempos coloniais, com espaços ao ar livre como varandas, generosidades na sua escala e que foram traduzidos modernamente por grandes figuras como o próprio avô dele, Sérgio Bernardes, um dos protagonistas da arquitetura moderna brasileira. Seu escritório trabalha no Rio de Janeiro, São Paulo e Lisboa conseguindo fazer uma arquitetura de alto padrão e de refinamento que combina uso residencial com programas culturais como museus, por exemplo.

4 – METRO- Terça-feira, 25 de setembro, às 20 horas

Metro é um escritório de São Paulo que tem tido uma atuação bastante diversificada e consistente. Eles têm feito edifícios de grande porte mas também se notabilizaram por projetos museográficos na interface com a arte. Também é um escritório que tem feito obras fundamentais no campo do espaço público, o que não é tão comum no Brasil. 

5 – MGS- Terça-feira, 2 de outubro, às 20 horas

MGS é um escritório de Brasília que não chega a ser exatamente um escritório formal e isso é interessante como formato nas associações possíveis no mundo contemporâneo. É um grupo de arquitetos que são funcionários públicos da Câmara dos Deputados e que se reúnem eventualmente para fazer projetos juntos, sobretudo em situações de encomendas que recebem e de concursos públicos. A obra deles é muito interessante para perceber como se faz arquitetura hoje de Brasília, qual foi de certa forma o legado da cidade de Brasília para um pensamento arquitetônico contemporâneo.  

6 – FIGUEROA- Terça-feira, 9 de outubro, às 20 horas

Mario Figueroa é um arquiteto que tem uma produção característica de uma situação de deslocamento cultural e espacial. Ele nasceu no Chile mas veio criança para o Brasil. Possui um repertório de arquiteto brasileiro paulista mas tem uma herança chilena que também é fundamental e que se mostra importante quando projeta o Museu da Memória, em Santiago. Essa combinação é muito interessante e clara nos projetos que ele faz. Ao mesmo tempo ele traz uma bagagem fortemente plástica, isto é, a ideia da subjetividade como determinante na criação do projeto. Figueroa combina esse certo tecnicismo brutalista brasileiro com uma valorização poética do traço, da subjetividade, que se expressa na questão autoral do desenho.   

7 – JÁUREGUI- Terça-feira, 16 de outubro, às 20 horas

Jorge Mario Jáuregui é um arquiteto nascido na Argentina, radicado no Brasil. Possui uma identidade latino-americana por excelência numa cidade como o Rio de Janeiro, onde as questões sociais junto com a informalidade e a premência da geografia são muito importantes. Seu trabalho, muito mais do que em relação ao objeto arquitetônico, atua no campo fortemente do urbanismo e da habitação social. É diante dos dramas da informalidade e das precariedades urbanas que Jáuregui dá a sua contribuição de arquiteto como projetista sob uma ordem desregrada e precária.   

8 - ARQUITETOS ASSOCIADOS- Terça-feira, 23 de outubro, às 20 horas

Arquitetos Associados é um escritório de Minas Gerais, Belo Horizonte, cuja produção se destaca muito através da existência de Inhotim. Eles são autores de vários dos projetos de pavilhões em Inhotim que são pavilhões dedicados a obras de determinados artistas e que propõe justamente uma arquitetura, um diálogo com o trabalho da arte. Curioso que isso que poderia parecer alguma coisa idiossincrática ou levar a uma arquitetura escultórica, ao contrário, faz no Arquitetos Associados a defesa de uma arquitetura não autoral ou de uma tentativa de uma arquitetura que resiste à ideia de autoria, justamente em Minas Gerais, o estado de Aleijadinho, ou também o lugar onde Niemeyer fez suas primeiras e mais importantes obras que são justamente o traço da arquitetura autoral. Eles, ao contrário, como o próprio nome do escritório alude, um nome neutro, tentam reduzir esse papel em nome de uma arquitetura mais funcional justamente acreditando que a importância social da arquitetura nas cidades deve ser aquela em que o destaque escultórico de uma obra não se coloca com tanta importância. 

9 – MMBB- Terça-feira, 30 de outubro, às 20 horas

MMBB é um escritório de São Paulo que tem tido uma atuação destacada desde a sua origem, no início muito ligada a certos mestres da arquitetura paulista como Eduardo de Almeida e Paulo Mendes da Rocha, com quem vieram a trabalhar e desenvolveram uma longeva parceria. A arquitetura já mais autoral do escritório se destaca justamente por uma combinação muito precisa e interessante entre o objeto arquitetônico que aparece mais em obras unifamiliares, por exemplo, com o raciocínio da infraestrutura que está em equipamentos como “Garagem”, e edifícios de habitação social. Com isso, eles combinam e tratam sempre com muita precisão e rigor espaços de uma elegância e de uma marcada eficiência e fazem da obra do escritório algo muito rico no panorama contemporâneo.   

10 – MAPA- Terça-feira, 6 de novembro, às 20 horas

Mapa é nome de uma associação que se dá a uma espécie de escritório virtual entre dois escritórios, um no Brasil, sediado em Porto Alegre, e outro no Uruguai, em Montevidéu. Trabalhando associados criaram uma ideia muito importante que é a da unidade latino-americana e que faz muita falta em geral para nós, sobretudo no Brasil. Esse cone-sul, trabalhando juntos, traz toda uma dimensão importante dentro do universo da arquitetura. A marca do trabalho do Mapa é o uso do pré-fabricado, utilizando inclusive contêineres, elementos que vem de indústria e que são simplesmente montados no canteiro com grande agilidade e praticidade lançando mão de estruturas metálicas e de madeira que são materiais pouco comuns na nossa linguagem aqui no Brasil, que tende a ser mais a do concreto armado.   

11 – TACOA- Terça-feira, 13 de novembro, às 20 horas

Tacoa é um escritório de São Paulo que pensa a arquitetura na fronteira com as artes plásticas de uma forma muito interessante e importante no nosso cenário atual. Eles têm feito galerias, projetos de espaços expositivos, pavilhão em Inhotim quanto pela própria interpretação da ideia – o projeto arquitetônico como uma interferência plástica na realidade. Eles consideram que o partido projetual é uma intenção eminentemente poética. Eles trazem o acervo da arquitetura brutalista de São Paulo, grandes estruturas de concreto armado e aparente e jogam essa questão no plano da subjetividade e da interferência autoral plástica.   

12 – HÉCTOR VIGLIECCA- Terça-feira, 20 de novembro, às 20 horas

Héctor Vigliecca é um arquiteto uruguaio, radicado no Brasil, em São Paulo. Teve, desde que chegou, um papel muito importante na renovação do nosso panorama arquitetônico. Possui um olhar contextualista na inserção dos edifícios, nas culturas locais em que elas se colocam e apresenta a experiência das cooperativas de habitação popular uruguaias, tão vanguardistas na América do Sul e no mundo.

13 – EDUARDO DE ALMEIDA- Terça-feira, 27 de novembro, às 20 horas

Eduardo de Almeida é um grande mestre da arquitetura em São Paulo. No meio da chamada arquitetura brutalista de São Paulo, que é muito mais lastreada na influência de Le Corbusier, Eduardo de Almeida traz as referências norte americanas por meio do estudo da obra de Frank Lloyd Wright, o grande mestre norte americano, criador de uma arquitetura muito horizontal relacionada com a paisagem. Ele incorpora isso na linguagem em São Paulo e traz como uma grande contribuição. Eduardo é um arquiteto obsessivo pela modulação dos materiais e dos desenhos, criando espaços muito elegantes mas sempre lastreados por esse sentido de medida. É também um grande professor, um dos mais importantes professores na FAU/USP, formando toda uma geração.

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