O quarto e último episódio sobre MPB da série “Cale-se” que vai ao ar no dia 20 de agosto ás 20h no Curta!, convida nomes como Joyce e Fátima Guedes a relembrarem o cenário da censura musical sob a ótica feminina. Joyce comenta o caso da sua música “Eternamente grávida”, citando exemplos de palavras usadas na canção que não foram admitidas pelo regime.
O músico Ivan Lins fala sobre a patrulha ideológica que cobrava dos artistas engajamento político, explicando que durante os Anos de Chumbo os artistas acabaram polarizados entre engajados ou adesistas. Ele exemplifica com o caso da música “O amor é meu país”, de 1970, que fez com que fosse taxado de ufanista, e acabasse sofrendo outra censura: a patrulha dos jornalistas e militantes de esquerda.
Já o pesquisador Ricardo Cravo Albin conta que em 79 foi criado o Conselho Superior da Censura, uma espécie de segunda instância que reunia membros do governo e da sociedade civil. E explica como foi a sua atuação nesse conselho, quando emitiu diversos pareceres defendendo a liberação de canções.
Encerrando o episódio, artistas e especialistas debatem como a MPB foi afetada pela censura, refletindo sobre o quanto a Ditadura prejudicou a produção musical do país. E Zé Luiz Mazziotti e Fátima Guedes relembram a canção “Mestre Salas dos Mares”.
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